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Notícia

01/04/2015-11h38

Professora da Udesc Oeste desenvolve vacina contra bronquite infecciosa de galinhas nos Estados Unidos

Universidade de Maryland é referência mundial no desenvolvimento de vacinas - Foto: Divulgação

A professora Lenita Moura Stefani, do curso de Zootecnia do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), está na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, desde janeiro para desenvolver uma nova vacina contra a bronquite infecciosa de galinhas, doença que mais prejudica a avicultura industrial no Brasil, maior exportador mundial de carne de frango.

A docente, que permanecerá na instituição estadunidense até dezembro, recebeu bolsa de pós-doutorado no exterior pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Doença está em todo o mundo

Segunda a professora da Udesc Oeste, a bronquite infecciosa afeta as galinhas no mundo inteiro e é hoje, no Brasil, a doença de maior relevância para a avicultura. "Não há tratamento e, por isso, a prevenção, por meio de vacinas e biossegurança nas granjas, é fundamental", afirma.

Lenita explica que a doença é altamente infecciosa, de origem viral e caráter agudo, que acomete aves em ambos os sexos na criação para a produção de carne e de ovos, "nas mais diferentes idades, em praticamente toda as regiões do mundo onde existe avicultura industrial".

"O vírus pertence ao gênero Coronavirus, da família Coronaviridae. A esta família, também pertencem os agentes da enterite transmissível dos perus, da hepatite viral dos camundongos (MVH), da gastroenterite transmissível dos suínos (TGE) e da gastroenterite transmissível dos cães. São descritos ainda agentes da diarréia neonatal dos bezerros e gastroenterite dos potros", explica.

Depois de observar que a doença não é transmissível ao homem, Lenita ressalta que a bronquite infecciosa destrói o aparelho respiratório e urogenital das aves, "abrindo portas para outros agentes infecciosos e podendo também afetar não somente os frangos, mas as poedeiras e reprodutoras".

Impactos e prevenção

Para a professora, a doença provoca redução de desempenho zootécnico ou mortalidade devido à doença respiratória em frangos de corte, diminuição na produção de ovos em poedeiras e matrizes e perda de produção causada por danos renais nesses dois itens e em frangos de corte.

Atualmente, a doença é prevenida por meio de vacinação viva e oleosa. Porém, esclarece a docente, o que mais ajuda "certamente são as exigentes normas de biossegurança presentes nas granjas onde as aves são criadas".

Lenita ressalva que há problemas com a atual vacina, porque o vírus da doença é altamente mutagênico, "o que leva ao surgimento de novas variantes do vírus que a vacina não protege". 

Etapa da pesquisa

A etapa atual da pesquisa já resultou no melhor conhecimento genético das cepas virais chamadas de variantes presentes no Brasil para que uma vacina específica para elas seja criada.

Segundo a docente da Udesc Oeste, para o desenvolvimento de uma nova vacina são usadas diversas técnicas de biologia molecular, como sequenciamento, clonagem e cultivo celular.

O atual projeto está dividido em duas etapas, a brasileira e a estadunidense. "Na etapa americana, desenvolveremos a vacina, mas os testes nos animais deverão ser realizados no Brasil, em isoladores altamente seguros", garantiu.

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
E-mail: valmor.pizzetti@udesc.br
Telefones: (48) 3321-8142/8143
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