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Notícia

20/09/2016-14h37

Estudante da Udesc integrou equipe de bailarinos na abertura das Paralimpíadas

Apresentação da dupla durante abertura das paralimpíadas. Foto: Gabriel Nascimento/Rio 2016

Renata Mara Fonseca de Almeida, 34, aluna do Doutorado em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), foi uma das artistas com deficiência visual a participar da abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O espetáculo aconteceu na noite do dia 7, no Maracanã, e os jogos encerraram-se neste domingo, 18.

Acompanhada de seu parceiro artístico, Oscar Benfica Martins, os dois fizeram uma apresentação de dança em um segmento chamado Beyond vision [Além da visão]. A modalidade apresentada pelo casal foi o balé clássico, com um pas de deux, termo em francês que significa “passo a dois”.

Para Renata, a dança aparece em forma de paixão e provação, já que, aos seis anos, quando já era bailarina clássica, descobriu que tinha alguma dificuldade na visão. Ao todo foram cerca de sete anos até diagnosticar que tinha retinose pigmentar, uma doença rara que faz com que a visão seja gradualmente perdida. No caso da estudante, ela tem cerca de 15% da visão.

Bailarina, professora e pesquisadora no campo das Artes Cênicas e da Dança, Renata é graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais e realizou o Mestrado em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o tema “Não ver e ser visto em dança”.

Neste ano, iniciou o doutorado na Udesc, sob orientação do professor Milton de Andrade. Seus estudos são voltados para assuntos que envolvem a dança juntamente com a deficiência visual. Temas como criatividade com estética e experiências sensoriais são objetos de estudo para sua tese de doutorado.

Oscar perdeu a visão por completo aos 9 anos, por um descolamento de retina. O ator, que também atua como bailarino, buscou encontrar-se no teatro. Para ele, no começo foi difícil, já que o ato de encenar se constrói com a expressão visual e exige muito a comunicação no olhar do ator para transmitir emoção.

“Eu preciso ter algo a meu favor. Então eu comecei a levar essa expressão que eu não tenho nos olhos para o corpo”, afirmou Oscar em entrevista durante os jogos. Assim mais tarde, encontrou na dança sua maior forma de expressão. 

Renata conta que a experiência de participar de um evento com esta grandiosidade foi emocionante. A responsabilidade de ser escolhida para representar esta classe de bailarinos com deficiência visual foi concedida a ela por meio de indicações tanto do meio acadêmico quanto do meio da dança.

A preparação da dupla consistia em um ensaio mensal presencial em Belo Horizonte, durante os primeiros seis meses. Após esse período, realizaram dois encontros já no Rio de Janeiro.

Assessoria de Comunicação da Udesc Ceart
E-mail: comunicacao.ceart@udesc.br
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