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Notícia

30/10/2012-16h44

Udesc Lages é pioneira nacional em reprodução de suínos in vitro

 Porcos gerados in vitro pelo CAV terão uso comercial.
A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) se tornou na madrugada desta segunda-feira, 29, a primeira instituição do Brasil a reproduzir suínos por fertilização in vitro, com o nascimento de seis leitões gerados pelo Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), de Lages, em experiência do Laboratório de Reprodução Animal e do Departamento de Produção Animal.

Os filhotes, que não têm raça definida e são de uso comercial, serão amamentados por 30 dias e depois entrarão em processo de engorda, até alcançarem cem quilos e seguirem para abate.

Segundo o coordenador do laboratório, Alceu Mezzalira, a pesquisa de reprodução de suínos que resultou nesse nascimento começou há cerca de dois anos, tendo como foco inicial a clonagem.

Como a primeira tentativa de clonagem não deu certo, o laboratório resolveu modificar um pouco a estratégia neste ano e testar a inclusão de embriões gerados in vitro para facilitar, no útero da porca, o reconhecimento daqueles que foram clonados. “Os embriões de clonagem possuem uma viabilidade menor de serem reconhecidos. A gente acredita que, com os embriões in vitro, isso será mais fácil”, explica o coordenador.

Nessa última experiência, três porcas foram fertilizadas e apenas uma conseguiu concluir a gestação, de 6 dos 15 embriões desenvolvidos in vitro, mas não houve sucesso com os 15 embriões clonados que foram inseridos nela. 

Resgate de raças ameaçadas
Mezzalira afirma que mais uma tentativa será iniciada neste ano para obter clones de suínos, novamente com duas ou três fêmeas.

Esse número não pode ser maior devido às dificuldades em gerar embriões suficientes in vitro e por clonagem (a média ideal é de 60 a 70 para cada porca) e aos custos das cirurgias para colocá-los nos úteros. 

“Esse procedimento também estressa o animal, o que dificulta o reconhecimento dos embriões”, acrescenta o coordenador do Laboratório de Reprodução Animal. Para afastar esse problema, o grupo de pesquisa está providenciando a aquisição de um inovulador produzido no Japão que transfere os embriões sem a necessidade de cirurgia.

Com as experiências em clonagem de suínos, a Udesc Lages busca desenvolver técnicas para resgatar raças em risco de extinção, sendo atualmente uma das poucas no Brasil a trabalhar com biotecnologias aplicadas nessa área.

De acordo com Mezzalira, a última tentativa de clonagem foi realizada a partir de células da orelha de um porco da raça caruncho, que há décadas perdeu valor comercial por ter uma quantidade muito grande de gordura. O coordenador defende, porém, que esse tipo de suíno tem informações relevantes a serem pesquisadas, como, por exemplo, a ausência de problemas com colesterol.

A reprodução de clones de porco pela Udesc Lages, que também poderá ser inédita no País, resultará em mais estudos, entre os quais um com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que prevê o desenvolvimento de um modelo para analisar doenças humanas.

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Rodrigo Brüning Schmitt
E-mail: rodrigo.schmitt@udesc.br
Fone: (48) 3321-8142
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