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Notícia

26/02/2013-15h38

Palestra internacional na Udesc aborda modelo de filantropia para desenvolvimento comunitário


As fundações comunitárias, modelo recente de filantropia que cresce impulsionado por mudanças globais nas últimas décadas, foi tema de palestra realizada na manhã desta terça-feira, 26, no plenário da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), proferida pela britânica Jenny Hodgson, diretora-executiva do Fundo Global para Fundações Comunitárias (GFCF), uma organização independente sediada na África do Sul que atua desde 2009 no suporte a organizações sociais locais.

Diante da plateia de acadêmicos e colegas do movimento filantrópico, a diretora do GFCF esclareceu o conceito de fundação comunitária, uma organização autônoma que usa seu fluxo de receita para apoiar ações locais, mobilizando recursos de diferentes investidores sociais para OSCs em um território específico. "Movimentam pequenas quantias e tem menos visibilidade do que grandes filantropos, mas buscam adotar uma governança que reflete a diversidade da região onde atuam", explicou.

"São organizações que trabalham na linha de frente, de maneira modesta e simples, atuando sobre o que já existe, os ativos locais", ressaltou Jenny, destacando que "toda comunidade tem seus pontos fortes, ainda que às vezes seja preciso mostrar a elas que esses ativos existem, mesmo em lugares muito pobres".

Outros diferenciais é que são instituições sem proprietário definido, por pertencerem à própria comunidade, e lideradas localmente: "As pessoas sabem quais as soluções para seus problemas, mas nem sempre sabem como fazê-las", observou. Para Jenny, o modelo de fundação comunitária oferece uma plataforma para interação múltipla, com participação de diversos atores sociais, na busca dessas soluções.

Benefícios globais

Ela pontuou a exposição com exemplos de organizações apoiadas pela GFCF em diversos países - Egito, Vietnã, Índia, Quênia, Palestina, Rússia, Romênia, África do Sul, Moçambique, Costa Rica - destacando entre os benefícios o fortalecimento da cultura tanto de doação quanto de participação. Com um viés de sustentabilidade: são organizações pensadas a longo prazo, pois "as necessidades mudam, e é importante ter capacidade de reagir a isso", afirmou.

Segundo Jenny, as fundações comunitárias são um modelo desenvolvido a partir de lideranças inovadoras, que buscam provar que as coisas podem ser feitas de maneira diferente. Mas acrescentou que essa nova área de ação filantrópica, ainda que positiva e vibrante, movimenta poucos recursos, "e portanto é bastante jovem, pequena e vulnerável".

A diretora da GFCF destacou ainda que, a julgar pelos ativos financeiros, essa área da filantropia pode parecer pobre, mas é muito rica em outros valores: "O dinheiro de doadores locais, por exemplo, tem valor maior por envolver outros ativos, como confiança e participação, por isso dão mais resultado". E acrescentou que o foco de atuação está nas instituições, não em seus programas: "Acreditamos no poder da fertilização de idéias".

ICom em Florianópolis

Parceiro do GFCF desde sua criação, o Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICom) também foi tema da palestra, com participação de seu gerente-executivo, Anderson da Silva. Ele apresentou um breve panorama das organizações comunitárias no Brasil, comentando o processo de criação do ICom em 2005, seu alinhamento com o modelo desenvolvido pelo GFCF e ações recentes como o movimento Floripa Te Quero Bem e o Social Good Brasil

Anderson citou outras duas instituições no Brasil que se reconhecem como fundações comunitárias: o Instituto Rio (2001) e o Instituto Baixada Maranhense (2009), e falou dos potenciais e desafios do modelo no País. Entre os potenciais, destacou a ampliação do perfil do investidor social, a articulação de uma nova arquitetura para o campo das OSCs, o fortalecimento das redes sociais locais e a criação de fundos patrimoniais.

Ao final do encontro foi apresentado o livro "Missão Local Visão Global", que aborda o conceito e a expansão das fundações comunitárias no século 21, traduzido e impresso no Brasil com participação do ICom.

A palestra foi uma iniciativa do programa Esag Comunidade da Udesc, em parceria com o ICom.

Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Gustavo Cabral Vaz
E-mail: gustavo.vaz@udesc.br
Fone: (48) 3321-8281
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