Vários fatores críticos de transporte influenciam no bem-estar dos animais - Foto: Ascom Cidasc
O bem-estar no transporte de suínos é fator determinante para a qualidade da carne do animal, segundo
análise feita por dois professores e uma acadêmica do curso de Zootecnia do
Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc,) com base em uma palestra do pesquisador canadense Luigi Faucitano ministrada no
17º ConectaZoo, em setembro, em Chapecó.
"A qualidade nutricional, sanitária e sensorial da carne será bastante afetada se o transporte dos animais durante o pré-abate não for feito de forma adequada. O produto pode chegar ao consumidor bastante mole", diz o professor Diego de Córdova Cucco, que elaborou o artigo com a professora Maria Luiza Appendino Nunes e a acadêmica Jéssica Baggio Kuczkowski.
Fatores críticos
De acordo com Cucco, a preocupação com o bem-estar dos animais tem sido tema de diferentes pesquisas e nelas ficou evidenciado que o período pré-abate tem sido crítico. "Manejos mal adotados nesse período podem prejudicar o bem-estar dos animais", ressalta.
Durante a conferência do pesquisador canadense, alguns pontos críticos foram apresentados como, por exemplo, a inclinação das rampas durante o manejo, pois o desenho das instalações e os tipos de caminhões podem interferir no bem-estar animal, dificultar o serviço dos humanos envolvidos e afetar a eficiência econômica da atividade.
Os autores do artigo da Udesc Oeste afirmam que os primeiros animais carregados passarão mais tempo parados nos caminhões e sofrerão mais com os fatores negativos do clima. "Este aspecto poderá ocasionar maiores perdas com mortalidade e problemas com a qualidade da carne."
A duração do transporte foi outro tema abordado durante a palestra de Faucitano, com abordagens sobre condições das estradas, ruídos, umidade relativa e temperatura interna, que também influenciam no bem-estar animal.
Sofrimento
Os temas debatidos na palestra, relatam os docentes e a aluna da Udesc Oeste, evidenciaram a necessidade de o setor produtivo "empregar conhecimentos técnicos para melhorar as condições durante o pré-abate de suínos".
Eles também enfatizaram que, além da preocupação econômica, há a questão ética dos humanos envolvidos em evitar o sofrimento desnecessário dos animais durante o manejo do pré-abate.
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