Artista já visitou mais de 40 países, fez 15 exposições e
participou de 13 coletivas - Foto: Virginia Maria Yunes
Após ter visitado mais de 40 países como fotógrafa documental, realizado 15 exposições individuais e participado de outras 13 mostras coletivas, a fotógrafa
Virginia Maria Yunes – doutoranda em Artes Visuais pelo
Centro de Artes (Ceart), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) – mostrará suas fotografias na
Stay Gallery, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
A exposição "Direito à Vida: Histórias sem fronteiras" será inaugurada nesta sexta-feira, 17, e permanecerá aberta à visitação até o próximo sábado, 25.
A mensagem que a artista busca evidenciar nos trabalhos fotográficos é a valorização das peculiaridades de diferentes culturas e modos de vida dos países visitados.
"Neste mundo, tantas vezes intolerante, procuro abrir olhares para a diversidade cultural, tentando desmistificar e destruir estigmas. A busca por experiências, com minha câmara fotográfica como aliada, foi o que sempre me impulsionou e me levou para tantos lugares, aproximando-me de pessoas distantes e diferentes de mim", diz Virginia, sobre o processo de criação.
A artista ainda lembra que para aprimorar uma percepção aberta aos sujeitos inseridos em outros contextos culturais e disposta a sair da zona de conforto é necessário "ter um olhar sem fronteiras".
Há mais de 20 anos, ela "habita lugares e se deixa habitar por eles", como define sua relação com os lugares, dos quais guardou fotografias e experiências.
A fotógrafa busca contar, a partir do encontro da sua lente com a vida dos personagens, a história de pessoas que sentem o prazer nas pequenas tarefas do cotidiano.
Para a professora Célia Antonacci, do Departamento de Artes Visuais da Udesc Ceart, "a exposição divide o olhar de Virginia com o público e nos permite percorrer lugares e culturas que preservam o direito à vida".
Sobre a fotógrafa
Virginia Maria Yunes nasceu na Argentina e, desde a infância, mora em Florianópolis. A fotógrafa licenciou-se em Farmácia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e em Artes Plásticas na Udesc Ceart e atualmente cursa o Doutorado em Artes Visuais da Udesc Ceart.
Trabalhou como fotógrafa para a organização Caritas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e muitas organizações não-governamentais, organizando exposições.
A artista viveu o despertar do seu interesse pela diversidade cultural e étnica, o que relaciona com a compreensão sobre sua condição de imigrante.
Comprometida com os missionários católicos, decidiu fazer voluntariado em vários países. Entre tantos lugares, viveu um ano na Amazônia e quase dois anos na Guiné Bissau, além de passar temporadas no México e em Uganda, também como voluntária.
Experiências que, unida aos primeiros ensaios fotográficos, com meninos e meninas de rua, começaram a definir seu interesse, transformando sua fotografia em instrumento de denúncia social.
Virginia define sua produção como uma arte comprometida e humanística, criação de quem acredita no poder dessa expressão como forma de "sensibilizar, melhorar e transformar olhares e corações".
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