Look da coleção "Makumba", que foi elaborada por
Lui Iarocheski em 2014 - Foto: Marcos Medeiros
A edição deste ano do
Ringstrassen-Galerien Designer Award, um importante prêmio internacional de moda da Áustria tem o profissional
Lui Iarocheski, egresso do curso de Moda do
Centro de Artes (Ceart), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Florianópolis, como o único representante brasileiro e de todo o continente americano na grande final.
Mais de cem trabalhos de profissionais do mundo todo foram inscritos e apenas nove foram selecionado para a última etapa, que conta com a apresentação dos trabalhos em um desfile em Viena, capital da Áustria, na quarta-feira, 15. Após a apresentação dos trabalhos, será divulgado o resultado final do concurso, que tem premiação de 5 mil euros, além de um troféu para o vencedor.
Iarocheski terminou o curso de Moda na Udesc no fim de 2014. No trabalho de conclusão de curso (TCC), criou a coleção "
Makumba", em que desenvolveu um conjunto de grandes peças geométricas com cortes que, quando colocados nos corpo, podem ser transformadas e utilizadas de inúmeras maneiras.
E foi exatamente com esse trabalho desenvolvido na Udesc Ceart, sob a orientação do professor Lucas da Rosa, que o egresso se inscreveu para o prêmio.
Entrevista
Confira a seguir um pouco da relação entre Lui Iarocheski, a coleção desenvolvida durante o curso de Moda e a possibilidade de receber um prêmio internacional na Áustria.
Assessoria de Comunicação da Udesc Ceart - A coleção inscrita para participar do prêmio é a coleção que você desenvolveu para o seu trabalho de conclusão de curso, na Udesc. Como você vê a relação do tempo que você passou na Udesc com esse momento, em que você tem a possibilidade de conquistar um prêmio internacional?
Lui Iarocheski - Foi um ano de preparação para esse projeto, com muita experimentação, fundamentação teórica e principalmente mão na massa. Meu orientador, o professor Lucas da Rosa, me deu liberdade e sempre me incentivou a ousar, recriar conceitos, fugir das metodologias tradicionais em prol do exercício criativo natural.
Portanto, o tempo que passei desenvolvendo a coleção foi de muita liberdade e experimentação. Eu sabia que precisava mastigar tudo o que aprendi durante o curso de Moda e criar diferente, para ter resultados diferentes e fazer alguma diferença. Neste ato autofágico, devorei tudo o que a academia me ensinou e regurgitei um "saber-fazer" próprio. Ser finalista do prêmio foi ao acaso e, nele, creio que minha coleção é um detalhe, pois a mensagem dela é bem mais forte.
Ascom Udesc Ceart - Quais são os aspectos do seu trabalho que você considera ter chamado mais atenção dos avaliadores do prêmio?
Iarocheski - Creio que foi o caráter experimental do meu processo criativo, o material têxtil que desenvolvi com as cordas, as cores luminosas e a construção aparentemente simples dos experimentos.
Ascom Udesc Ceart - E, para finalizar, quanto do curso de Moda da Udesc você acredita que tenha neste trabalho?
Iarocheski - Eu diria que este trabalho está dividido entre minha ambição e os conhecimentos adquiridos durante o curso de Moda. O trabalho final sem dúvidas engloba um pouco de todas as teorias e práticas com as quais tive contato durante o curso, além do estímulo e auxílio dos professores que prezam pela inovação e pela veia artística. A Udesc me deu também a oportunidade de fazer um intercâmbio na melhor universidade de Moda na Suécia, a The Swedish School of Textiles, onde pude desenvolver meu lado mais artístico e inventivo, contribuindo e complementando também o resultado deste meu trabalho.
Assessoria de Comunicação da Udesc Ceart
E-mail: comunicacao.ceart@udesc.br
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