Solenidade foi realizada no sábado passado, no município de Abelardo Luz - Foto: Iarima Cardoso
O Assentamento José Maria, em Abelardo Luz, no Oeste de Santa Catarina, recebeu a solenidade de encerramento da
Especialização de Arte no Campo, que foi promovida pelo
Centro de Artes (Ceart), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O evento realizado no sábado passado, 22, contou com as coordenadoras do curso, Márcia Pompeo Nogueira e Tereza Mara Franzoni; a asseguradora do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) em Santa Catarina, Maria de Lourdes Álvares da Rosa; o chefe da Divisão de Desenvolvimento do Incra-SC, Jandir Mella; o chefe da Unidade Avançada do Incra em Chapecó, Pedro Possamai; e os líderes do MST Elodir Lourenço de Souza e Irma Brunetto.
Além disso, a solenidade de encerramento teve a participação de líderes do assentamento e de escolas da região, estudantes do curso e seus familiares.
Sobre o curso
O curso de especialização foi realizado para atender uma demanda de formação na área de Artes para profissionais que moram ou trabalham em assentamentos da reforma agrária.
Desde agosto de 2013, alternando aulas na Udesc Ceart, em Florianópolis, e no Assentamento José Maria, o curso buscou promover reflexões sobre a realidade vivida pelas pessoas no campo para identificar caminhos que contribuíssem na solução de problemas, na ampliação das alternativas culturais e na elevação da qualidade de vida no campo.
"Nossa avaliação do curso é extremamente positiva, pois permitiu não só o processo de formação e qualificação profissional para uma população que dificilmente acessa a universidade pública, principalmente na pós-graduação, como permitiu também com que a Udesc Ceart trabalhasse em parceria com o Incra, o CNPq e os movimentos sociais do campo, em especial o MST, na construção de uma proposta de formação que dialogou diretamente com a realidade rural do Sul do País", afirma Tereza Franzoni.
O curso ofereceu a oportunidade de integração entre as linguagens artísticas, tendo os seguintes eixos norteadores: arte na escola, arte na comunidade, práticas teatrais, práticas musicais e práticas de artes visuais. Dos 49 estudantes que iniciaram o curso, 43 deverão concluir suas monografias em breve.
"O índice de conclusão é também gratificante, sendo superior à média nacional dos cursos de residência agrária", complementa a coordenadora da especialização.
Desdobramentos
Como desdobramento da Especialização de Arte no Campo, e visando a manutenção do vínculo e o atendimento a vários dos assentamentos envolvidos, a equipe que atuou no curso desenvolveu um segundo projeto, que pretende atender outra faixa etária – jovens entre 15 e 29 anos que estão cursando ou já concluíram o ensino médio.
Intitulado "Residência Agrária Jovem – Formação de Agentes Culturais no Campo", o novo projeto também será financiado pelo Incra, em parceria com o CNPq, por meio da chamada pública MCTI/MDA-Incra/CNPq nº 19/2014 – Fortalecimento da Juventude Rural.
A previsão é de que o projeto inicie ainda neste ano, com oficinas em assentamentos de Abelardo Luz, Catanduvas, Correia Pinto, Dionísio Cerqueira, Matos Costa e Rio Negrinho, que também envolverão vários estudantes formados na especialização.
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