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Notícia

08/02/2018-19h00

FIK 2018 é realizado na Udesc reunindo programação cultural gratuita e aberta ao público

Abertura do Festival com a Banda Mais Bonita da Cidade - Foto: Eduardo Beltrame
O Festival Internacional de Arte e Cultura José Luiz Kinceler - FIK 2018, movimentou a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) nos quatro últimos dias. A programação teve início no domingo, 4 de fevereiro, com a cerimônia de abertura na presença do reitor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Marcus Tomasi e da professora e diretora geral do Centro de Artes (Ceart) Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva, que agradeceu a todos os envolvidos na organização do evento.

A abertura ainda contou com a presença de outras autoridades e com a fala da professora Isabela Sielski, docente no curso de Tecnologia em Design de Produto no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e viúva do professor homenageado, que agradeceu “pela coragem de trazer um evento dessa grandeza para Florianópolis”, homenageando Zé Kinceler, cuja contribuição para o Centro de Artes se deu, segundo Cristina Rosa, “ao contestar o tradicional, pensando a arte numa perspectiva relacional”. A diretora-geral ainda acrescentou, em seu discurso, que “ele tem um legado por suas ideias e no campo da educação”.

José Luiz Kinceler (1960-2015) atuou como professor nos cursos de graduação e do Programa de     Pós-Graduação em Artes Visuais da Udesc Ceart e coordenou o Grupo de pesquisa “Arte e Vida nos Limites da Representação”, que deu origem ao Coletivo Geodésica Cultural Itinerante, um coletivo de arte colaborativa, composto por artistas de diversas áreas, que utiliza uma estrutura geodésica como dispositivo relacional itinerante. Por meio do Coletivo, Kinceler e os demais idealizadores do projeto puderam realizar ações como a “Revolução dos Baldinhos” entre 2011 e 2013, na comunidade Chico Mendes e, também em 2013, contribuir na ação “Parque Ponta do Coral”, em Florianópolis.

Devido à importância da Geodésica, esta teve uma extensa programação no FIK 2018: além do espaço da Geodésica da Udesc Ceart - que foi decorada com fotos de Kinceler, peças expostas e demais intervenções realizadas pelo Coletivo -, foi montada a Geodésica Itinerante, que abrigou rodas de conversa e demais atividades realizadas pelo grupo, que também construiu espaços com roda de relatos de experiências, exibição de filmes, troca de conhecimentos por meio de atividades colaborativas e piquenique.

Outra atração de peso para o festival foi a presença de A Banda Mais Bonita da Cidade, de Curitiba, que realizou um show no primeiro dia de Festival, logo após as apresentações de Kako de Oliveira e Banda e do grupo Parafuso Silvestre. A programação também contou com o show performático Insones e apresentações teatrais de convidados, como a performance “Transviadajy”, das artistas convidadas Vulkânica Pokaropa e Helen Maria,  e de alunos da Udesc Ceart, com a peça “Auto da Compadecida”.

As oficinas foram um dos pontos altos: cerca de 30 atividades teóricas e práticas nas áreas de pintura, música, teatro, dança e artesanato ao longo de três dias de programação. Marcelo Lazzaratto, diretor de teatro convidado para ministrar oficinas de linguagem cênica, comentou sobre o interesse pelas atividades oferecidas: “adorei os ambientes, as instalações mas, mais do que as próprias atividades, que são muito bacanas, o que eu pude sentir foi a plena participação das pessoas. O entusiasmo de estarem fazendo as coisas”.

Vanessa Galdeano, que compõe o Medianeras Murales em conjunto com Anali Chanquia, elogiou igualmente o interesse do público: “é a primeira vez que acontece o festival e me pareceu maravilhoso, as atividades, a produção e também como os alunos estavam interessados nas aulas”. As duas artistas argentinas ministraram uma oficina sobre arte urbana na qual, em conjunto com os inscritos, realizaram uma obra coletiva mural”  na parede lateral - medianera, em espanhol - do prédio do Centro de Artes, registrando a passagem do FIK pela Universidade. 

Abordando a parte teórica da programação, aconteceu o Encontro da Rede de Educadores em Museu (REM), com os convidados Argus Romero de Morais e Luciana Chen, buscando refletir sobre educação formal e informal; e sobre as relações entre extremismo político e arte; bem como o “Seminário Walter Benjamin: Educação, Arte e Política”, com as professoras da Udesc Ceart Cristina Rosa, Fátima Lima e Mara Rúbia. Alex Nascimento, que integra a Pequeninus Produções Artísticas, junto com Humberto Soares, frisou a importância de se criar um espaço multi artístico, que valoriza diversos estilos, e citou as apresentações de boi-de-mamão e oficinas de cerâmica e cipó como exemplos dessa variedade. A dupla integrou a programação do Festival realizando uma oficina sobre teatro de bonecos e com a apresentação “Quedelhe o Boi?”, divertindo crianças e adultos.

Além da apresentação folclórica Quedelhe o Boi e da apresentação do Boi-de-Mamão, realizada pelo grupo Alivanta Meu Boi, pensadas para públicos de todas as idades, uma programação diferenciada ocorreu no FIK Criança, voltada para meninos e meninas de 4 a 12 anos. Nas tardes do Festival, as crianças participaram de oficinas, assistiram à espetáculos, como o “No Dorso do Rinoceronte: Música Independente para Crianças Inteligentes”, realizado pelos convidados Silvio Mansani, Luiz Canela e Marco Lorenzo e visitaram as exposições no Campus — uma série de mostras de artistas diversos, com lambes, instalações, objetos expostos, pinturas, fotografias e intervenções. 

Junto com as exposições, que também ocorreram fora do Campus, feiras com produtos gráficos e publicações, roupas e feira das Rendeiras de Florianópolis, com peças com bilro, também estavam presentes no evento. Ainda, ao longo da programação, ocorreram lançamentos de livros, mostra de livros da Biblioteca Itinerante Floripa na Foto e a Mostra Editorial argentina La luminosa. Fernanda Oliveira, 20 anos, assistiu ao show da Banda Mais Bonita da Cidade no último domingo, dia 6, e visitou as feiras e exposições no campus. Se interessou pelas ilustrações a venda, pontuando que o espaço é interessante para conhecer novos artistas e autores.

Juntamente com o maracatu da Banda Cores de Aidê, o grupo o grupo União da Ilha da Magia Samba Show, que atua como escola de samba desde 2009, realizou sua apresentação encerrando o evento na quarta-feira, dia 7. Os shows se deram na rua Eduardo Gonçalves D’Avila, em frente a Universidade, e encerraram os quatro dias de programação do Festival. Lara Vaz, estudante da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), assistiu às performances e acredita que  “o Festival é uma iniciativa importante por contribuir com a produção e o consumo de arte, e por gerar lazer para todos os públicos, já que se trata de um evento gratuito”.

O evento, completamente gratuito e aberto ao público, teve mais de 90 atividades - dentre exposições, oficinas, palestras, rodas de conversa, feiras e apresentações artísticas e culturais -, e deve ser realizado a cada dois anos, com sua próxima edição em 2020. Segundo a professora Cristina Rosa, “o investimento na área artística e cultural precisa ganhar prioridade. Mais recursos, mais editais, mais apoio. A Udesc mais uma vez sai na frente, cumprindo seu papel social e priorizando a relação entre arte, cultura e comunidade. Desejamos vida longa ao Festival Internacional de Arte e Cultura José Luiz Kinceler”.

Assessoria de Comunicação da Udesc Ceart
E-mail: comunicacao.ceart@udesc.br
Telefones: (48) 3664-8350

Esta reportagem foi apurada e escrita pela estagiária de Jornalismo do setor, Jade Kalfeltz, sob supervisão e edição da jornalista Laís Moser.
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  • Abertura do Festival com a Banda Mais Bonita da Cidade - Foto: Eduardo Beltrame
  • Abertura oficial. Foto: Eduardo Beltrame
  • FIK Criança. Foto: Soninha Vil
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  • Geodésica FIK. Foto: Eduardo Beltrame
  • Exposição Cara a Tapa, de Felipe Taborda - Foto Eduardo Beltrame
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