Um estudo do
Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), investigou o afastamento de profissionais de enfermagem de um hospital da região e concluiu que esse fator sobrecarrega o trabalho dos demais colegas no atendimento aos pacientes e prejudica sua própria saúde.
A
pesquisa foi elaborada por Nádia Rubia Heylmann, especialista em saúde do trabalhador do Centro Sul Brasileiro de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação (Censupeg), de Joinville; e Jerusa Fumagalli Schaf Nunes e Naraiane Fermino, acadêmicas do curso de Enfermagem da Udesc Oeste, com a coordenação da professora Rosana Amora Ascari.
Publicado em abril pela
Revista Uningá, o estudo foi feito com 172 trabalhadores, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, e apontou índices elevados de afastamento.
Os principais motivos estão relacionados a doenças do tecido conjuntivo e dos olhos, seguidos por enfermidades do sistema osteomuscular e do aparelho respiratório. Houve mais registros entre técnicas de enfermagem que são casadas, têm de 26 a 35 anos e trabalham à noite.
O hospital da pesquisa da Udesc Oeste desempenha papel de destaque na comunidade microrregional de saúde e é referência em oncologia e neurocirurgia para cerca de 600 mil habitantes de 55 municípios do Oeste. O espaço tem 12 mil metros de área construída e 200 leitos.
Indicador e estratégias
Segundo o estudo, o percentual de absenteísmo – expressão que indica a falta do funcionário ao trabalho – é um indicador importante para a avaliação da saúde e das condições de trabalho, da satisfação em realizar o serviço e da política de recursos humanos adotada por uma instituição.
A pesquisa aponta também a existência de dificuldades, que, "se for bem analisada, pode indicar ações para a resolutividade e a prevenção, melhorando as condições do trabalho dos funcionários".
O trabalho sugere a necessidade de mais estudos para detectar as causas dos afastamentos na instituição, com a implementação de estratégias pontuais, conforme as características laborais de cada unidade, e a criação de um banco de dados para aperfeiçoar o registro das faltas e facilitar o acompanhamento do absenteísmo e possibilitar intervenções precoces.
Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
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