Mário César Nascimento estudou 114 jovens saudáveis com
e sem histórico familiar de hipertensão - Foto: Divulgação
O professor Mário César Nascimento, do
Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), defendeu sua tese de Doutorado em Ciências da Reabilitação na
Universidade Nove de Julho (Uninove), em 15 de dezembro, sexta-feira.
A tese intitulada “Impacto de atividade física e do sobrepeso em filhos de pais normotensos ou hipertensos: avaliações cardiovasculares, autonômicas, de estresse oxidativo e de adesão” foi orientada pela professora Kátia de Angelis e coorientada pela fisioterapeuta Simone Dal Corso.
O trabalho pesquisou em 114 jovens saudáveis do sexo masculino que tinham ou não histórico familiar de hipertensão. Foram avaliados dados demográficos, histórico de saúde, nível de atividade física, aderência a atividade física e qualidade de vida.
Outros dados eram relacionados a estresse percebido, variabilidade da pressão arterial e da frequência cardíaca, variáveis hematológicas e bioquímicas, além de estresse oxidativo e enzimas antioxidantes.
Fizeram parte da banca de defesa a professora e médica do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (USP), Maria Cláudia Irigoyen, a educadora física Fabiana Sant’Anna Evangelista, também da USP, e as fisioterapeutas Fernanda de Córdoba Lanza e Luciana Maria Malosá Sampaio, da Uninove.
Em agosto de 2017, o
professor Nascimento apresentou um trabalho ligado à tese no 38º World Congress of The International Union of Physiological Sciences, realizado no Rio de Janeiro.
Sobre o estudo
A amostra foi dividida em oito grupos e os critérios de histórico familiar, composição corporal e nível de atividade física foram usados para cruzar as informações.
Para realizar o trabalho, Nascimento fez disciplinas, estágios e visitas em centros da USP, do Canadá e dos EUA, como a Universidade Nova Southeastern e a Escola Técnica McFatter.
A tese foi dividida em duas partes. Na primeira, Nascimento estudou a aderência à atividade física e validou uma escala sobre o tema.
O professor é autor do primeiro livro em português sobre aderência ao exercício na reabilitação cardíaca.
Na segunda parte, o professor estudou marcadores subclínicos de hipertensão, ou seja, que ocorrem antes do desenvolvimento da doença. As variáveis foram comparadas à influência do histórico familiar positivo ou negativo de hipertensão, em pessoas ativas fisicamente e sedentárias, entre outros.
As doenças cardiovasculares, da qual a hipertensão arterial sistêmica (HAS) faz parte levam a óbito 17 milhões de pessoas por ano no planeta. Destas 9,4 milhões são complicações diretas da hipertensão.
Um dos maiores problemas do diagnóstico da hipertensão é que ela é assintomática em 90% dos casos. O professor Nascimento explica que a pessoa só sente que tem um problema quando os órgãos estão com complicações, o que ocorre normalmente após décadas em que a doença está instalada.
“A tese inovou ao evidenciar biomarcadores que podem ser monitorados e estudados precocemente nesta população de risco”, destaca Nascimento.
Mais informações sobre o estudo podem ser obtidas pelo e-mail
mario.nascimento@udesc.br.
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