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25/02/2021-17h13

Atenção à primeira infância reduz violência, indica estudo de professor da Udesc Esag

Professor Marcos Wink (Udesc Esag) publicou artigo em parceria com  Felipe Ribeiro (UFPel) e Luiz Paese (UFRGS) - Foto: reprodução
Programas estruturados de atendimento a famílias com gestantes e crianças pequenas, como o que foi implantado pelo governo do Rio Grande do Sul, ajudam no desenvolvimento cognitivo e até na proteção contra violência escolar. É o que demonstra estudo liderado pelo professor Marcos Vinício Wink Júnior, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em parceria com colegas das universidades federais de Pelotas (UFPel) e do RS (UFRGS).

O artigo Early childhood home-based programmes and school violence: evidence from Brazil (Programas domiciliares de primeira infância e violência escolar: evidência do Brasil), foi publicado neste mês na revista Development in Practice, com os resultados da pesquisa.

Marcos Wink, primeiro autor do artigo, é professor do Departamento de Ciências Econômicas da Udesc, no Centro de Ciências em Administração e Socioeconômicas (Esag) da universidade, em Florianópolis. Os outros autores são Felipe Garcia Ribeiro ( do Departamento de Economia da UFPel) e Luis Henrique Zanandrea Paese (cientista de dados e estudante de Ciências Econômicas da UFRGS).

Primeira infância

Os pesquisadores analisaram dados do programa Primeira Infância Melhor (PIM), do Estado do Rio Grande do Sul, atende famílias com gestantes ou crianças de até 6 anos de idade.  O programa atua na promoção do desenvolvimento integral infantil, da interação parental positiva e do acesso à rede de serviços. O estudo avaliou os impactos do programa sobre o comportamento violento de alunos do ensino fundamental.

"Recolhemos os dados das edições de 2013 e 2015 da Prova Brasil sobre questões ligadas ao comportamento violento de estudantes do quinto ano, o que nos permitiu investigar se, nas escolas com potencial de jovens egressos do PIM e em municípios que implantaram o programa é menos frequente esse tipo de ocorrência, como abusos físicos e verbais, passando por ataques e ameaças, chegando até mesmo em posse de fogo", explica Marcos.

Os resultados da investigação sugerem redução de até 10 pontos percentuais nos indicadores avaliados. "Aprendemos com nossa pesquisa que o PIM ajudou a reduzir determinados comportamentos violentos nas escolas, especialmente aqueles relacionados a abusos físicos e verbais, ataques ou ameaça e roubo ou furto", destaca.

Desde cedo

Há também evidências de que os efeitos são maiores quanto mais cedo a criança é atendida pelo programa, especialmente antes dos três anos. "Estes resultados estão em consonância com o que se esperava e conversam com outras pesquisas que estão sendo realizadas sobre o PIM que apontam evidências de melhor comportamento na adolescência, especialmente quando o programa foi estabelecido por mais tempo no município", afirma o pesquisador.

O estudo conclui ainda que a redução da violência escolar está negativamente associada à criminalidade futura e positivamente associada ao acúmulo de capital humano e que, especialmente para países em desenvolvimento, esta análise pode contribuir para o embasamento de políticas de segurança pública de longo prazo e para a avaliação do PIM.

Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br

com informações da Secretaria da Saúde do RS
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