Laranja foi a fruta com maior alta de preços em 12 meses
Considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses, Florianópolis manteve em outubro o segundo maior índice entre 17 capitais. A inflação acumulada entre novembro de 2023 e outubro de 2024 na capital catarinense ficou em 5,51%, atrás apenas de Belo Horizonte (MG), com 6,22%.
Quando se considera apenas a variação dos preços ao longo de 2024, a inflação de Florianópolis também manteve a posição anterior, em terceiro lugar, com 4,82%. Por esse critério, fica atrás da maranhense São Luís (5,41%) e da mineira Belo Horizonte (5,09%).
Índice
A inflação em Florianópolis é medida pelo
Índice de Custo de Vida (ICV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O ICV é calculado mensalmente pelo
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, com apoio da
Fundação Esag (Fesag).
Nas demais cidades, os preços são aferidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para compor o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Como o ICV e o IPCA são calculados basicamente com a mesma metodologia, os dados são comparáveis.
Inflação acumulada em 12 meses:
1 |
Belo Horizonte (MG) |
6,22% |
2 |
Florianópolis (SC)* |
5,51% |
3 |
São Luís (MA) |
5,45% |
4 |
Goiânia (GO) |
5,07% |
5 |
São Paulo (SP) |
5,05% |
6 |
Fortaleza (CE) |
4,95% |
7 |
Campo Grande (MS) |
4,90% |
8 |
Rio de Janeiro (RJ) |
4,84% |
|
BRASIL |
4,76% |
9 |
Brasília (DF) |
4,57% |
10 |
Grande Vitória (ES) |
4,56% |
11 |
Belém (PA) |
4,47% |
12 |
Rio Branco (AC) |
4,39% |
13 |
Salvador (BA) |
4,13% |
14 |
Porto Alegre (RS) |
3,81% |
15 |
Curitiba (PR) |
3,78% |
16 |
Aracaju (SE) |
3,76% |
17 |
Recife (PE) |
3,49% |
*Inflação medida pelo ICV/Udesc Esag, com a mesma metodologia do IPCA/IBGE, usado para as demais capitais e para o índice nacional.
O índice acumulado dos últimos 12 meses oferece melhor comparação das variações de preços entre as cidades do que a inflação mensal. O dado de 12 meses evita distorções provocadas por aumentos que acontecem apenas em determinadas épocas do ano, mas não ao mesmo tempo em todas as regiões, como as tarifas de energia, por exemplo.
Comparação
A inflação acumulada nos últimos 12 meses em Florianópolis também se mantém bem acima do IPCA nacional – que está em 4,76%. A diferença é de 0,76 pontos percentuais, praticamente a mesma verificada em setembro.
Novamente, a inflação de Florianópolis ficou acima de grandes cidades como São Paulo (5,05%), Rio de Janeiro (4,84%), e Brasília (4,57%). E bem mais alta que as outras duas capitais da Região Sul. Curitiba (PR) tem o terceiro menor índice da lista (3,78%) e Porto Alegre (RS), o quarto menor (3,81%). As duas tiveram inflação anual maior apenas que Recife (PE), com 3,49%, e Aracaju (SE), com 3,76%.
Preços locais
Em Florianópolis, os três produtos com maiores aumentos nos últimos 12 meses foram alimentos: batata inglesa (82,5%), beterraba (51,6%) e laranja paulista (40,1%). Considerando todo o grupo Alimentação e Bebidas, os aumentos no período foram de 7,33%, em média.
Mas foram os preços ligados à habitação que tiveram o maior aumento anual (7,98%). Nesse caso, houve um peso grande das tarifas de energia elétrica residencial, que subiram 17,31% nos últimos 12 meses na Capital.
Depois de habitação e alimentação, o grupo de preços pesquisados com maior aumento na cidade foi o de transportes (6,10%). Nesse caso, o destaque é para a alta das passagens aéreas (24,6%).
Apesar de incluir o quarto produto com maior aumento em 12 meses, o grupo de saúde e cuidados pessoais teve um aumento médio abaixo da inflação geral. Os analgésicos e antitérmicos ficam 34,4% mais caros nesse período, mas a média do grupo foi de um aumento de 4,63%.
Também tiveram altas abaixo da inflação geral os artigos de residência (4,59%), educação (3,65%), despesas pessoais (3,62%), e serviços de comunicação (3,45%). Os itens de vestuário formam o único grupo que teve deflação em 12 meses (-2,22%).
Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. O índice é publicado regularmente, todos os meses, desde 1968.
Saiba mais em
udesc.br/esag/custodevida.
Núcleo de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail:
comunicacao.esag@udesc.br