Professora Marlene autografou o livro durante o
lançamento no último sábado. Foto: Divulgação
A professora aposentada do Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Marlene de Fáveri, lançou no último sábado, 27, a terceira edição do livro "Memórias de (uma) outra guerra: cotidiano e medo durante a Segunda Guerra Mundial em Santa Catarina", pela editora Insular. O lançamento ocorreu na Livraria Desterrados, no Centro Histórico de Florianópolis, com a participação da autora, de convidados e do público em geral. A terceira edição, que pode ser adquirida no
site da Editora Insular, atualiza dados sobre o neonazismo em Santa Catarina e no Brasil.
A obra, escrita há 22 anos com uma linguagem literária e próxima da ficção, passou a ser referência para novas pesquisas sobre o assunto devido a escassez de escritos sobre os anos da Segunda Guerra na perspectiva do cotidiano vivido em solo catarinense durante a guerra. "Descortina-se as resistências de nazistas, os Processo Crime do TSN à época, as resitências à perseguição de Vargas e a campanha nacionalizadora. Nota-se o Partido Nazista em ação no Brasil antes da Segunda Guerra", relata a autora.
Na época, o governo brasileiro perseguiu os imigrantes sob o argumento de que queria evitar o surgimento de um Estado alemão no sul do Brasil. A primeria edição do livro foi lançada em 2004 e, na segunda edição, a obra recebeu o Prêmio Lucas Alexandre Boiteux - História, concedido pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.
Recentemente, a professora publicou um relato detalhado sobre a obra no
Portal Catarinas, do qual é colunista.
Sobre a autora
Marlene de Fáveri é professora aposentada do Departamento de História da Udesc. Suas pesquisas se concentram na história da América Latina, no papel das mulheres na história e nas relações de gênero.
Nascida em Vila Maria, interior de Nova Veneza (sul de Santa Catarina), Marlene teve na biblioteca da escola o primeiro contato com os livros e fez de volumes sobre o integralismo, movimento defendido pelo avô, a leitura “proibida” da infância, à luz da lamparina, escondida da mãe. Depois, descobriu José de Alencar e Machado de Assis, e já na faculdade começou a publicar suas poesias em coletâneas. Graduou-se em Sociologia e em História e passou a se dedicar às questões de gênero, descobrindo “a feminista que sempre fui”, segundo suas palavras.
Assessoria de Comunicação da Udesc Faed
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