Há mais de três décadas o Jornal da Educação divulga as experiências didáticas positiva dos professores (Outubro/2019)
Esta edição marca o início do 33ª ano de circulação do Jornal da Educação. Nascido do desejo dos professores de trocar experiências de aprendizagem bem sucedidas em sala de aula, o JE continua a cumprir sua missão básica que é divulgar o bom trabalho de profissionais comprometidos com o ensino de qualidade, especialmente na região de Joinville.
Neste ano de 2019, as edições voltaram a ter maior regularidade e a segunda edição do Caderno Científico deve circular nas próximas semanas. Dois grandes feitos para a chamada época das vacas magras por que passa a economia (e a educação brasileira).
Completamos 32 anos de circulação ininterrupta neste mesmo ano em que o ensino de gênero nas escolas tem sido mais discutido do que o fim do FUNDEB, o fundo de manutenção e desenvolvimento da educação básica, previsto para 19/12/2020.
No ano, em que as famílias conseguiram ver regulamentado o Ensino Domiciliar (homeschooling) no Brasil e as universidades públicas precisam reaprender a estabelecer prioridades.
Empurradas pelo Future-se, as universidades terão de reconectar-se com a iniciativa privada, para conseguir mais verbas para manterem, especialmente, as bolsas de pesquisas. Resultado, a discussão sobre financiamento da educação básica ficou em segundo plano.
Manter uma publicação impressa em tempos em que as fake news se propagam na velocidade da fibra ótica via internet, é um grande feito. Continuar acreditando que vale a pena ficar e permanecer ao lado dos professores, os verdadeiros heróis do país, tem sido o combustível para manter a impressão nossas edições.
O caos e os maus tratos aos profissionais da educação vem crescendo assustadoramente. Nas redes públicas, os processos administrativos disciplinares tiram o foco dos professores da sala de aula, do ensino e da aprendizagem para colocá-lo no processo que pode levá-lo a perder o trabalho.
Talvez seja um ato extremo de desespero dos gestores para jogar toda a culpa pelas falhas em promover a aprendizagem ‘no colo do professor’, o lado mais fraco desta guerra ‘de ideologias”.
Esta violência e a falta de conscientização da sociedade sobre a necessidade urgente de empoderar a professora e o professor estão provocando o afastamento crescente do trabalho por causa de doenças mentais e, em casos cada vez mais crescentes, o abandono da profissão de professor.
O aumento da violência contra os professores e a diminuição crescente da qualidade de vida e das condições de trabalho, tem levado estes profissionais a desenvolverem doenças mentais incapacitantes, como a depressão, Síndrome de Burnout (distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso) e a Síndrome do pânico.
Nestas três décadas de cobertura jornalística as páginas do JE trouxeram muitas notícias, mas nos últimos meses, a falta de definição de rumos para a educação brasileira tem provocado, na população em geral, a perplexidade quando se noticia os assuntos da área.