A corrupção na Administração Pública tornou-se um fato habitual destruindo a dignidade das pessoas, contaminando os cidadãos, arruinando o convívio social, desgastando os serviços públicos e afetando a vida das gerações atuais e futuras.
Constata-se que em vários casos de corrupção denunciados, não há sanção ou respostas convincentes para a sociedade. No rastro da corrupção e da impunidade acompanha a descrença dos cidadãos nas instituições.
A soma da corrupção, impunidade, irresponsabilidade e conveniência política, leva ao enfraquecimento das instituições e ao descrédito da sociedade com as autoridades constituídas.
O combate contra a corrupção deve ser caracterizado por ações efetivas e contínuas, na qual cabe a cada cidadão o anseio de participar desta luta, com o consequente compartilhamento das responsabilidades na condução da sociedade em conjunto com as autoridades constituídas, onde todos se unam para o combate à corrupção, para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida da coletividade.
A solução do problema da corrupção passa essencialmente pela radicalização da democracia participativa, através da transparência e informações sobre os gastos públicos e da parceria com a sociedade no acompanhamento e no controle efetivo dos resultados e a responsabilização dos culpados.
A participação direta de cada cidadão, através da averiguação e denúncia, apesar de não ser suficiente, é essencial para que seja possível investigar as fraudes praticadas nos órgãos públicos.
Cabe aos poderes constituídos criar e aperfeiçoarem os instrumentos e mecanismos institucionais de controle e fiscalização das condutas funcionais, para que não se cometa irregularidades com os recursos públicos e que as penalidades aos responsáveis tenham consequências práticas e haja a reparação dos prejuízos causados ao erário.
O cidadão não pode deixar de acreditar, tendo que conscientizar-se que necessita de atitudes firmes, para punir os responsáveis do desperdício e fraude com recursos públicos e pôr fim aos abusos, à incompetência, aos privilégios, aos desvios, à corrupção e à impunidade aos "predadores do erário".
Marioly Oze Mendes- Msc. em Gestão de Políticas Públicas