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Notícia

10/04/2025-18h00

Comissão criada pela Udesc estimula debate sobre ditaduras militares no Brasil e no mundo

Primeira atividade organizada pela comissão ocorreu em 1º de abril.

Professora Valeria Bittar fala sobre a comissão em entrevista. Foto: Pietra Simioni/Núcleo de Comunicação
Entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964, um golpe militar depôs o presidente eleito João Goulart e, a partir daí, deu-se início a 21 anos de ditadura no Brasil, marcados por violações de direitos humanos — censura, repressão, tortura, assassinatos. Para preservar a memória desse período e estimular a reflexão na universidade, o Centro de Artes, Design e Moda (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) promoveu no 1º de abril a primeira das atividades da Comissão (Des)Memórias das Ditaduras, que se estenderão ao longo do ano letivo.

A iniciativa busca ampliar a atenção e a memória coletivas sobre o tema e suas repercussões por meio de palestras, exposições, exibições de filmes, aulas abertas e entrevistas com artistas e intelectuais que, através da arte, resistiram e seguem lutando pela liberdade e solidariedade. A primeira ação deste semestre foi a exibição do documentário “O dia que durou 21 anos”, seguida da palestra “A Censura, um dispositivo de biopolítica”, ministrada pelo professor aposentado Edélcio Mostaço, no auditório do bloco central do Ceart.

A Comissão foi criada em dezembro de 2024, a partir de uma sugestão da professora Valeria Maria Fuser Bittar, do Departamento de Música (DMU), durante reunião do Núcleo de Proposições Participativas (NPP) do centro. Segundo a docente, o uso do plural – ditaduras – no nome reflete o objetivo de abordar não somente a ditadura militar decorrente do golpe de Estado de 1964, mas também outros momentos que marcaram e ainda marcam a história do Brasil e de outros países. “Como atividades mais frequentes traremos filmes e atividades que ilustram e informam diretamente sobre o golpe de 1964. Mas também traremos conteúdos que abrem para realidades vividas em outros lugares do mundo”, explica.

Para a docente, dentro de uma universidade pública, o reconhecimento e a partilha desse passado devem ser constantes. “A formação acadêmica é, também, um processo de cultivo da memória, da história e da política. Por isso, a comissão assume a responsabilidade de buscar esses elementos, apagados ao longo dos anos por táticas engendradas por regimes autoritários que marcaram a história do Brasil. A comissão entende que memória, história e política são ferramentas nucleares da construção do pensamento crítico”, diz Valeria.

A Comissão (Des)Memórias das Ditaduras está aberta para receber membros da comunidade acadêmica da Udesc – discentes, docentes e técnicos –  para trabalhar no planejamento das ações.


Núcleo de Comunicação Udesc Ceart
Texto por Gustavo Fidelis e Matheus Alves, estagiários de Jornalismo, editado pela jornalista Carolina Dall'Agnese
E-mail: comunicacao.ceart@udesc.br
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  • Imagem 1
  • Professor Edélcio Mostaço na palestra realizada no dia 1 de abril. Foto: Fernanda Ferreira.
 
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