Vander Veras (E), servidor da CGE e mestre em Administração pela
Udesc Esag, e Roberto Fernandes, bolsista da Fapesc - Foto: CGE-SC
Conhecimento produzido na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) foi essencial para que o Governo do Estado pudesse contar hoje com ferramentas inovadoras de controle dos gastos públicos. O sistema que permite auditoria prévia de todas as licitações estaduais foi aperfeiçoado a partir de uma pesquisa do
Mestrado Profissional em Administração, no
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, em Florianópolis.
No fim de 2016, o servidor público estadual Vander de Oliveira Veras – hoje na
Controladoria-Geral do Estado (CGE) – teve aprovada sua dissertação de mestrado “Cadastro de Informações Gerenciais (CIG) e processo de tomada de decisão no Governo do Estado de Santa Catarina”. A pesquisa foi orientada pelos professores Mário Cesar Barreto de Moraes e Nério Amboni.
Vander Veras havia participado, em 2012 e 2013, na Casa Civil, da criação, customização e implantação do CIG, uma base de dados com todas as licitações e contratos estaduais. De acordo com o pesquisador, apensar da riqueza de dados, faltava a integração a uma plataforma de business intelligence (BI).
“Acabou se tornando uma ferramenta burocrática, para fins de cadastro, já que os dados ali disponíveis não tinham um tratamento, um cruzamento, com painéis de inteligência” explica. “É isso é o que foi proposto na dissertação”.
BI
Sete anos depois, há uma notável evolução no controle dos gastos estaduais a partir das pesquisas dos tempos de Vander no mestrado na Udesc Esag. O antigo CIG tornou-se em um módulo do Sistema de Gestão Financeira do Estado (Sigef). “Essa foi uma das propostas da dissertação: integrá-lo primeiro ao Sigef, para dar confiabilidade aos dados financeiros, e posteriormente integrá-lo a uma plataforma de BI”, detalha o pesquisador.
Essa segunda etapa veio com a criação do Painel de Controle Organizacional Prévio para Análises Sistêmicas (Copas), plataforma de BI da CGE, onde Vander Veras está há um ano. “A partir da criação do Copas, está sendo possível fazer esse cruzamento prévio das licitações, que estão sendo analisadas pela Auditoria-Geral do Estado – um dos braços da CGE.
Robô
A mais recente inovação é a ferramenta
Coleta de Informações para Tratamento Inteligente e Análise (Cintia), que complementa o trabalho. Criado pelo desenvolvedor Roberto Fabiano Fernandes, o robô (ou bot, conjunto de códigos de programação que executam uma tarefa de forma automatizada) é um projeto interno da CGE que complementa o Copas.
A ferramenta supre uma lacuna, que é o acompanhamento das licitações e contratos após a publicação no Diário Oficial do Estado. Como o volume é muito grande para ser conferido manualmente, o bot faz essa busca automaticamente, confrontando as publicações com os dados do painel Copas, gerando alertas no caso de alguma coisa não estar correta.
Inovação no Setor Público
Vander Veras tem insistido na inovação ao longo da carreira no Governo do Estado. “Cheguei a apresentar o projeto em outros órgãos mas, com a criação da CGE e o convite do controlador-geral Cristiano Soccas para trabalhar na Coordenadoria de Informações Estratégicas (CIES), onde estou há um ano, foi possível implementar, com apoio de toda a equipe.
Já Roberto Fabiano Fernandes, o criador do Cintia, é bolsista da
Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado (Fapesc). Ele trabalhar na CGE desenvolvendo esse tipo de solução tecnológica para o órgão estadual.
Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br
