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Notícia

04/04/2017-11h01

Artigo da Udesc Oeste explica processos industriais que diferenciam leites de saquinho e de caixinha

É importante que consumidores conheçam processos industriais dos alimentos - Foto: Ascom Cidasc
Um artigo de estudantes de Zootecnia e graduados do curso do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Chapecó, explica os processos industriais que diferenciam o leite de saquinho plástico do leite de caixinha.

O trabalho foi elaborado pela mestranda em Zootecnia Suelen Serafini, pelos zootecnistas Júnior Gonçalves Soares e Karine Cristine Cubas da Silva e pela graduanda Tamires Rodrigues dos Reis, com orientação da professora Lenita Moura Stefani.

De acordo com a pesquisa, o leite é um produto natural e perecível que fornece muitos nutrientes indispensáveis à manutenção da saúde humana. Na cultura regional, o leite bovino é comercialmente o mais difundido e apreciado.

No entanto, antes de chegar às gôndolas dos supermercados envasado em saquinhos plásticos ou em caixinhas, o produto é submetido a diversos processos "que vão muito além da ordenha dos animais e da sua refrigeração em tanques a granel nas propriedades rurais".

Segundo o artigo, o leite envasado em saquinho surge de um processo denominado pasteurização, um método 4D, utilizado para reduzir a quantidade de micro-organismos presentes no leite, principalmente bactérias, e é executado em duas etapas: pasteurização lenta e rápida em alta temperatura.

Esse processo preserva os componentes importantes do leite, como as proteínas, açúcares e vitaminas, garante a destruição das bactérias patogênicas, causadoras de doenças, e mantém as bactérias probióticas, benéficas à flora intestinal.

A pesquisa ressalva, porém, que as bactérias probióticas são responsáveis pela acidificação do leite após o envase e, por esse motivo, é comum que o período de validade em saquinho seja menor do que o produto em caixinha. Por isso, "é estritamente necessário que o leite de saquinho seja conservado em refrigeração".

UHT

Já o leite envasado em caixinha surge de um processo chamado esterilização, o ultra high temperature (UHT), que é mais agressivo em comparação à pasteurização, mas apresenta metodologia de aplicação simples, baseada na manutenção do leite em alta temperatura durante um curto período de tempo.

No processamento UHT, o leite passa por um tratamento térmico que elimina todas as bactérias, tanto patogênicas como as probióticas. No entanto, devido à alta temperatura, podem ocorrer reduções nos níveis de vitaminas e alterações em proteínas e açúcares, "que podem conferir sabor de queimado ao leite".

Nesse procedimento, o leite pode ser conservado por 180 dias sem resfriamento, mas é preciso que se adicionem conservantes e que o produto seja armazenado em embalagens especiais (caixinhas) com interior revestido em alumínio.

O artigo destaca que o forte impacto térmico e a permanência de enzimas resistentes ao aquecimento podem fazer com que componentes nutricionais e físicos do leite se deteriorem, o que resulta em possíveis precipitações, muitas vezes antes do período final de validade.

Os autores do trabalho alertam ser importante conhecer os processos industriais pelos quais passam os alimentos "que levamos para casa e oferecemos às nossas famílias". A qualidade real do produto é fruto de todo o processo produtivo e industrial e deve ser exigida pelos consumidores por ser um direito.

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