Reajustes do transporte público tiveram impacto na inflação do mês
- Foto: PMF
Os preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias de Florianópolis subiram 0,72% no primeiro mês de 2023. O índice acelerou em relação ao de dezembro (0,54%) mas ainda ficou ligeiramente abaixo do registrado em janeiro do ano passado (0,79%). Entre os grupos pesquisados, os preços ligados aos transportes foram os que mais contribuíram com a alta, subindo em média 2,57%.
A inflação acumulada nos últimos 12 meses, que havia fechado 2022 em 4,61%, teve uma leve queda e agora está em 4,54%.
Os números são do
Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da
Fundação Esag (Fesag). O índice é publicado regularmente há mais de 50 anos.
Transportes e alimentação
Os preços ligados aos transportes têm um impacto significativo no índice de inflação, já que representam em média 21% do orçamento das famílias, praticamente o mesmo que a alimentação. Em janeiro, os reajustes anuais dos serviços ajudaram a puxar esses preços para cima, com aumento de quase 3% nos transportes públicos. Os combustíveis tiveram aumento menor, de 1,8%.
Os alimentos contribuíram menos para a elevação da inflação do mês, com alta de 0,47%. No caso das refeições feitas fora de casa, os preços quase não subiram (0,15%). Já a comida comprada em feiras e supermercado teve uma alta de 0,69% - mais próximo do índice geral de inflação de janeiro.
Leite e carne
Entre os alimentos, houve um aumento mais forte dos leites e derivados (3,75%), com destaque para o leite longa vida (alta de 7%). Açúcares e derivados subiram 2,8%, puxados pelos chocolates em barra e bombons (8% de aumento). Temperar a comida também ficou mais caro, com sal e condimentos subindo 2,44%. Nesse caso, o aumento mais significativo foi o do extrato de tomate (7,8%).
As carnes in natura ficaram ligeiramente mais baratas em média (-0,41%), mesmo com aumentos fortes em alguns cortes específicos, em especial a costela suína (7,5%). Já as carnes e peixes industrializados ficaram com os preços praticamente estáveis em janeiro (-0,14%). Aves e ovos tiveram queda (-3%), com destaque para a redução do preço do peito de frango (-5,5%).
Outros preços
Além dos transportes e alimentos, tiveram alta em janeiro os artigos de residência (0,30%), as despesas pessoais (1,61%) e os serviços de comunicação (2,10%). Por outro lado, houve queda nos preços de vestuário (-2,19%) e nos relacionados a saúde e cuidados pessoais (-1,02%). Já os itens ligados à habitação (0,05%) e educação (0,01%) ficaram praticamente estáveis.
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de janeiro.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em
udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os
boletins mensais (desde 2010) e as
séries históricas(de junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br