Solução auxilia no diagnóstico precoce da retinopatia
com método não invasivo - Foto: Pexels
A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) firmou um acordo de propriedade intelectual com a Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) relacionado ao programa de computador
DiagFAZ - Diagnóstico baseado na Zona Avascular Foveal da Retina, desenvolvido por pesquisadores das três instituições.
Assinado neste mês, o contrato estabelece as condições de propriedade intelectual do software, registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), bem como dos resultados, metodologias e inovações técnicas obtidos em virtude do programa. O acordo foi
publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 18.
Na Udesc, o desenvolvimento do programa teve participação da pesquisadora Marina Silva Fouto, que é egressa do Bacharelado em Ciência da Computação e do Mestrado em Computação Aplicada do
Centro de Ciências Tecnológicas (CCT), em Joinville.
Tanto no trabalho de conclusão de curso (TCC) quanto na dissertação de mestrado ela foi orientada pelo professor Alexandre Gonçalves Silva. Na pós-graduação, o trabalho foi coorientado pelo professor André Tavares da Silva, também da Udesc Joinville.
A dissertação de Marina, com o título "Segmentação Automática da Zona Avascular Foveal em Imagens de Fundo de Olho para Auxílio a Diagnóstico de Retinopatia Diabética", abordou temas relacionados ao programa.
Autores
Também são autores do software, pela Unicamp, os pesquisadores Rangel Arthur, Yuzo Iano, Angelica Moisés Arthur e Jacqueline Mendonça Lopes de Faria; e, por parte da Ufsc, o pesquisador Alexandre Gonçalves Silva.
Docente na Udesc Joinville entre 2004 e 2014, Alexandre Gonçalves Silva é vinculado atualmente à instituição federal, onde atua no Departamento de Informática e Estatística.
Na Udesc Joinville, Marina e Alexandre integraram o Laboratório de Realidade Virtual Aplicada (Larva), grupo de pesquisa pioneiro da universidade.
Conforme o acordo, a gestão do ativo de propriedade intelectual é de responsabilidade da Unicamp e, em caso de comercialização, os royalties gerados serão divididos entre as partes.
Na Udesc, a Coordenadoria de Projetos e Inovação (Cipi) acompanhou a negociação, realizou a tramitação documental para assinatura do acordo e fará o gerenciamento do ativo na universidade.
Sobre o programa
Conforme os pesquisadores, a solução patenteada auxilia no diagnóstico precoce da retinopatia com "um método não invasivo e totalmente automático".
"A Retinopatia Diabética é uma das complicações mais frequentes em pacientes com quadros de diabetes tipo 1 e 2, especialmente quando o caso existe há um longo período e controle glicêmico do paciente é precário. Nos adultos, é a causa mais comum de deficiência visual e cegueira. Os principais sintomas são o aumento da microvascularização da retina e o alargamento da zona avascular foveal. Atualmente, o diagnóstico da doença é realizado através do exame do fundo do olho. O novo método para segmentação automática da zona avascular foveal é capaz de realizar a classificação de pacientes entre saudáveis ou retinopáticos, auxiliando em um possível diagnóstico precoce de doenças oculares de retina. Por ser totalmente automático, não realiza interpolações para se obter os possíveis contornos da zona avascular foveal, o que evita de se gerar comportamentos não existentes na imagem original", explicam.
Mais informações
Mais informações podem ser obtidas com a Cipi pelo e-mail
cipi.reitoria@udesc.br e pelo telefone (48) 3664-8085.
Assessoria de Comunicação da Udesc
E-mail: comunicacao@udesc.br
Telefones: (48) 3664-7935/8009