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Notícia

02/10/2020-15h29

Alta dos alimentos pressiona inflação em setembro, mostra Índice de Custo de Vida da Udesc Esag

Altas do dólar e de exportações de produtos como a soja impactaram preços dos alimentos - Foto: Getty Images

Os preços dos produtos e serviços consumidos em Florianópolis tiveram um aumento médio de 0,34% em setembro. A suspensão do reajuste das tarifas de energia elétrica, que haviam impactado a inflação em agosto, desta vez contribuiu para reduzir o índice em 0,2 pontos percentuais. Mas esse efeito foi mais que compensado pela alta dos alimentos.

Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag). O índice registra ainda uma alta acumulada da inflação de 2,29% desde janeiro e de 3,77% nos últimos 12 meses.

De acordo com o coordenador do ICV/Udesc Esag, Hercílio Fernandes Neto, o mercado externo continua empurrando os preços dos alimentos para cima. Com a alta do dólar e a demanda aquecida para a exportação de produtos como a soja, especialmente para a China, há pressão em toda uma cadeia de produção de alimentos.

Alimentação

O dólar alto pressiona para cima o valor do grão de soja e outras commodities, produtos com preços negociados em mercados internacionais. Ao mesmo tempo, a alta demanda da China torna mais atrativo direcionar o produto para exportação. Com menos produto no mercado interno, o preço também sobe.

E essa pressão chega à mesa do consumidor brasileiro. O arroz subiu quase 15% em setembro.  O óleo de soja teve aumento de 26%. Carnes (3,5%), leite e derivados (2,7%) também subiram acima da média, em parte também impactados pelo preço da soja, que compõe os custos com a ração dos animais.

A alta geral da alimentação foi de 1,4%, mas os alimentos comprados em feiras e supermercados subiram 2,5%. Uma das maiores altas foi a do tomate (22,3%), enquanto a batata inglesa (-9,3%) e a cebola de cabeça (-10%) tiveram redução nos preços. Já a alimentação fora de casa subiu bem menos (0,19%).

Além dos alimentos, houve alta nos transportes (0,37%), despesas pessoais (1,91%) e comunicação (0,70%). Mas caíram os preços relacionados à habitação (-1%), principalmente devido à suspensão do reajuste de energia elétrica. Também houve redução nos preços de artigos de residência (-0,9%), vestuário (-0,6%) e educação (-0,3%), enquanto os de saúde e cuidados pessoais ficaram praticamente estáveis.

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 30 de setembro.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.

Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.

Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br

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