Escassez de água nas hidreléticas leva a elevação da bandeira
tarifária, encarecendo a conta de energia
A inflação sentida pelos consumidores em Florianópolis foi de 0,46% em maio, um pouco maior que a do mês anterior, quando os preços haviam subido 0,37%. Em maio, houve alta em cinco dos nove grupos pesquisados, enquanto os outros quatro tiverem redução de preços ou estabilidade. Alimentação e energia elétrica – por conta da mudança de bandeira tarifária – puxaram os aumentos do mês.
A inflação acumulada nos cinco primeiros meses de 2025 é de 3,53%. Já se considerados os últimos 12 meses, o índice acumulado chega a 6,95%.
Os números são do
Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da
Fundação Esag (Fesag).
Alimentos
O grupo Alimentação e Bebidas teve um aumento médio de 0,64% em maio. Esse índice é menos da metade do registrado em abril, quando chegou a 1,30%. Os alimentos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa tiveram altas maiores (1%), enquanto as refeições fora de casa ficaram com os preços praticamente estáveis (alta de 0,08%).
Entre os alimentos, os maiores aumentos foram os dos tubérculos, raízes e legumes (10,9%), com destaque para a batata inglesa (27,4%) e a cebola de cabeça (26,5%). Os tomates, por outro lado, tiveram queda de preço (-10,1%).
Tiveram aumentos menores os açúcares e derivados (3,6%), sal e condimentos (2,8%), aves e ovos (2,6%), farinhas, féculas e massas (1,9%), enlatados e conservas (1,5%), panificados (1,5%), leite e derivados (1,3%), carnes (0,3%), pescados (0,5%) e carnes e peixes industrializados (0,1%) e frutas (0,1%).
Outros alimentos tiveram redução de preços, como os cereais, leguminosas e oleaginosas (-3,2%), com destaque para o feijão preto (-8,3%). O mesmo aconteceu com hortaliças e verduras (-2,3%), em especial a couve-flor (-8,2%). Também caíram os preços dos óleos e gorduras (-1,1%) e bebidas e infusões (-0,2%).
Outros preços
O grupo Habitação teve aumento de 1%, por conta principalmente da alta nas tarifas de energia elétrica (3,1%). A conta subiu devido a mudança da bandeira tarifária de verde para amarela. A cobrança extra é adotada quando a geração hidrelétrica, mais barata, perde espaço para as usinas térmicas, por falta de chuva.
Além de alimentação e habitação, houve alta de preços nos ligados a saúde e cuidados pessoais (2,2%), artigos de residência (1,1%) e vestuário (0,22%). Por outro lado, houve quedas nos preços relacionados a despesas pessoais (-1,2%) e serviços de comunicação (-0,3%). Os itens ligados à educação não tiveram variação em maio e os dos transportes ficaram praticamente estáveis (- 0,04%).
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de maio. O índice é publicado regularmente desde 1968.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em
udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os
boletins mensais (desde 2010) e as
séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
Núcleo de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br
Telefone/whatsapp: (48) 3364-8281