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Notícia

02/10/2024-16h55

Setembro tem alta na inflação puxada pela energia elétrica, mostra índice da Udesc Esag

Clima está na raiz de aumentos como eletricidade e café

Mudança de bandeira tarifária impactou conta de luz em setembro
Os preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias de Florianópolis subiram 0,40% em setembro, uma leve aceleração em relação aos 0,32% registrados no mês anterior. Desta vez, os preços foram puxados para cima principalmente pelo reajuste na energia elétrica residencial, em razão da mudança de bandeira tarifária.

A inflação deste mês também é superior à de setembro do ano passado, que ficou em 0,31%. Com isso, o índice acumulado nos últimos 12 meses também subiu e está em 5,18%. Já o acumulado ao longo de 2024 soma 4,17%. Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).

Habitação

A seca em grande parte do país leva a escassez de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, que correspondem a mais da metade da geração nacional de eletricidade. A alternativa é acionar usinas térmicas, mais caras, o que leva a cobrança extra na tarifa, que foi elevada da tarifa verde para a vermelha – patamar 1.

Essa mudança de bandeira tarifária explica o aumento de 7,22% na energia elétrica residencial em setembro. Esse aumento também fez com que os preços relacionados à habitação tivessem o maior aumento entre os nove grupos pesquisados (1,24%).

Alimentação

Os alimentos ficaram mais caros em setembro, com uma alta de 0,65%. Os preços das refeições feitas fora de casa subiram (0,57%), mas os aumentos foram maiores nos produtos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa (0,71%). Houve alta de preços como os do óleo de soja (2,8%), feijão preto (3,7%), leite condensado (4,1%), costela suína (9,1%) e mamão (10,5%).

O subgrupo com maior alta entre os alimentos pesquisados foi o das bebidas e infusões (1,96%), puxado principalmente pelo aumento do café em pó (8,15%). O preço do café tem aumentado nos últimos meses devido a fatores como a falta de chuvas e as queimadas, que reduziram a produção e aumentaram os custos do café verde.

Por outro lado, alguns alimentos ficaram mais baratos em setembro, como, cebola de cabeça (-5,8%), tomate (-4,3%), beterraba (-3,1%), ovos de galinha vermelhos (-4%), morango (-6,4%) e abacaxi (-5,5%).

Saiba aqui quais alimentos estão na safra em outubro.

Outros preços

Além de alimentação e habitação, também tiveram alta em agosto os grupos de artigos de residência (0,09%), transportes (0,11%), saúde e cuidados pessoais (1,20%). Mas quatro dos nove grupos pesquisados tiveram quedas de preços: vestuário (-1,20%), despesas pessoais (-0,11%), educação (-0,47%) e comunicação (-0,02%).

Três dos nove grupos pesquisados, no entanto, tiveram quedas nos preços: saúde e cuidados pessoais (-0,13%), despesas pessoais (-0,04%) e educação (-0,23%).

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 30 de setembro. O índice é publicado regularmente desde 1968.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.

Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.

Núcleo de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br
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