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Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas

Notícia

03/08/2020-15h07

Consumo reprimido ainda segura inflação, mostra Índice de Custo de Vida da Udesc Esag

Preços de combustíves para automóveis subiram quase 4%, mas  houve também redução em outros itens- Foto: Getty Images
Os preços dos produtos e serviços consumidos em Florianópolis tiveram um aumento médio de 0,35% em julho, uma leve aceleração em relação à inflação de junho (0,21%) e o terceiro mês seguido de crescimento do índice. Os gastos que mais pesam no orçamento das famílias tiveram alta em julho: alimentos (0,68%) e transportes (1,58%).

Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag). O índice registra ainda uma alta acumulada da inflação de 1,54% desde janeiro e de 3,18% nos últimos 12 meses.

De acordo com o coordenador do ICV/Udesc Esag, Hercílio Fernandes Neto, os resultados ainda mostram uma relativa estabilidade nos preços, apesar da ligeira aceleração no índice geral. Para Fernandes, Isso se deve ao fato de que o consumo das famílias, que sofreu forte queda no início das medidas de isolamento social, continue reprimido.

Alimentação

Alimentação e bebidas é o grupo com mais peso no cálculo do índice, reunindo itens que correspondem a mais de 20% do orçamento das famílias. O preço médio dos alimentos comprados nas feiras e supermercados subiu pouco mais de 1%, enquanto o custo de fazer uma refeição em restaurantes ou lanchonetes, que se manteve estável no mês anterior, também quase não variou em julho (alta de 0,11%).

A alta nos preços dos alimentos foi puxada por itens como tomate (aumento de 9%) e carnes (2,5%). Mas outros produtos bastante consumidos ficaram mais baratos, como a cebola-de-cabeça (variação de -3%) e o aipim, com queda de 5%.

Transportes

Os preços dos produtos e serviços ligados ao transportes, que pesam quase tanto quando a alimentação (cerca de 20% do orçamento das famílias) subiram média de 1,58%.  A alta foi puxada principalmente pelos combustíveis para automóveis, que ficaram quase 4% mais caros. As passagens aéreas, por outro lado, voltaram a ter queda forte: -9,5%.

Além de alimentação e transportes, os preços também subiram, em média, nos grupos de produtos e serviços ligados a educação (0,23%), comunicação (0,42%) e artigos de residência (1,67%). Mas houve queda nos preços médios relacionados a habitação (-0,41%), vestuário (-1,43%), saúde e cuidados pessoais (-0,16%) e despesas pessoais (-0,78%).

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de julho.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.

Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.

Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br
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  • Combustíveis subiram quase 4%
 
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