Preço do café em pó subiu quase 80% nos últimos 12 meses
Florianópolis voltou a registrar a maior inflação entre 17 capitais brasileiras, considerando o índice acumulado nos últimos 12 meses (6,85%), bem acima da inflação nacional, que ficou de 5,48% no mesmo período. Já em relação à inflação acumulada nos três primeiros meses de 2025, o índice da capital catarinense subiu do quarto para o primeiro lugar – veja detalhes nas tabelas abaixo.
A inflação em Florianópolis é medida pelo
Índice de Custo de Vida (ICV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O ICV é calculado mensalmente pelo
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, com apoio da
Fundação Esag (Fesag).
Nas demais cidades, os preços são aferidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para compor o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que também mede a inflação oficial nacional. Como o ICV e o IPCA são calculados basicamente com a mesma metodologia, os dados são comparáveis.
Inflação nos últimos 12 meses:
1 |
Florianópolis (SC)* |
6,85% |
2 |
Belo Horizonte (MG) |
6,07% |
3 |
Campo Grande (MS) |
5,78% |
4 |
São Paulo (SP) |
5,76% |
5 |
Salvador (BA) |
5,61% |
6 |
Brasília (DF) |
5,60% |
7 |
Grande Vitória (ES) |
5,57% |
|
BRASIL |
5,48% |
8 |
Curitiba (PR) |
5,43% |
9 |
São Luís (MA) |
5,40% |
10 |
Goiânia (GO) |
5,24% |
11 |
Rio de Janeiro (RJ) |
5,20% |
12 |
Aracaju (SE) |
5,13% |
13 |
Porto Alegre (RS) |
5,12% |
14 |
Rio Branco (AC) |
4,83% |
15 |
Belém (PA) |
4,81% |
16 |
Fortaleza (CE) |
4,55% |
17 |
Recife (PE) |
4,54% |
*Inflação medida pelo ICV/Udesc Esag, com a mesma metodologia do IPCA/IBGE, usado para as demais capitais e para o índice nacional.
O índice acumulado dos últimos 12 meses oferece melhor comparação das variações de preços entre as cidades do que a inflação mensal. O dado de 12 meses evita distorções provocadas por aumentos que acontecem apenas em determinadas épocas do ano, mas não ao mesmo tempo em todas as regiões, como as tarifas de energia, por exemplo.
Inflação em 2025:
1 |
Florianópolis(SC) |
2,67% |
2 |
Aracaju (SE) |
2,65% |
3 |
Grande Vitória (ES) |
2,41% |
4 |
Curitiba (PR) |
2,23% |
5 |
Brasília (DF) |
2,22% |
6 |
Salvador (BA) |
2,18% |
7 |
Belo Horizonte (MG) |
2,16% |
8 |
Belém (PA) |
2,10% |
9 |
Campo Grande (MS) |
2,09% |
10 |
São Paulo (SP) |
2,05% |
|
BRASIL |
2,04% |
11 |
Porto Alegre (RS) |
2,03% |
12 |
Rio de Janeiro (RJ) |
2,00% |
13 |
Recife (PE) |
1,89% |
14 |
São Luís (MA) |
1,89% |
15 |
Fortaleza (CE) |
1,46% |
16 |
Goiânia (GO) |
1,44% |
17 |
Rio Branco (AC) |
0,99% |
Preços locais
Entre os dez produtos com maior aumento de preço nos últimos 12 meses, sete são alimentos. O café em pó subiu 78,4% e o solúvel, 66,9%. Também ficaram mais caros tomate (40,2%), filé mignon (33,2%), morango (30,7%), costela bovina (30,6%) e azeite de oliva (30%).
Além de alimentos, estão na lista dos dez maiores aumentos em 12 meses as pedras usadas em reparos e construção (55,4%), amoníaco para limpeza (45,6%) e uniforme escolar (31,5%).
No conjunto, os alimentos e bebidas também tiveram a maior alta nos últimos 12 meses (9,08%) entre os nove grupos de preços pesquisados. Em seguida vêm transportes (8,53%), habitação (7,80%), despesas pessoais (7,78%), saúde e cuidados pessoais (7,22%) e educação (7,02%). Os serviços de comunicação subiram pouco (1,60%), enquanto outros dois grupos tiveram quedas de preços: vestuário (-1,98%) e artigos de residência (-0,69%).
Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. O índice é publicado regularmente, todos os meses, desde 1968.
Saiba mais em
udesc.br/esag/custodevida.
Núcleo de Comunicação da Udesc Esag
Ingrid Borba*
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br
*Sob supervisão do jornalista Carlito Costa