Atraso na safra em SP fez quase dobrar o preço do tomate
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A inflação para os consumidores de Florianópolis voltou a subir em outubro (0,46%) depois de ter se mantido praticamente estável no mês anterior (-0,03%). A alta foi sentida pelos consumidores principalmente na hora de comprar frutas e legumes na feirinha ou no supermercado. O preço do tomate, por exemplo, quase dobrou, com aumento de 91,02%.
Desde o início de 2018, a alta acumulada dos preços locais é de 4,17%. Nos últimos 12 meses, o índice chega a 5,34%.
Os números são do
Índice de Custo de Vida (ICV/Udesc Esag), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag). O índice leva em conta o consumo de famílias de Florianópolis com renda de 1 a 20 salários mínimos, comparando 319 itens. Os dados foram coletados entre 1º e 31 de outubro.
Alimentos
De acordo com o coordenador do cálculo do ICV/Udesc Esag, Hercílio Fernandes Neto, problemas na produção de tomates em São Paulo, estado que vende o produto para boa parte do país, levaram à escassez e consequente alta de mais de 90% no preço. Em razão de condições meteorológicas, os tomates amadureceram mais tarde e a colheita atrasou, desabastecendo o comércio.
Mas outros itens da feira também tiveram alta significativa, como cenoura (41,83%), cebola de cabeça (27,69%), pimentão (22,30%), couve-flor (20,97%) e laranja-lima (20,25%). No conjunto, os alimentos in natura foram o grupo com maior alta (6,65%).
Em compensação os demais grupos de alimentos tiveram ligeira queda nos preços, como os industrializados (-0,13%) e os consumidos fora de casa (-0,10%). Os alimentos de elaboração primária também ficaram mais baratos (-0,55%), incluindo o leite (-4,37%) e o arroz (-6,30%).
Bens e serviços
Mas houve alta também entre os produtos não alimentares (0,59%), mesmo com queda no preço dos combustíveis (-0,95%). Nesse grupo, o maior aumento foi o dos produtos de educação, cultura e lazer (6,47%).
Os serviços públicos e de utilidade pública tiveram uma ligeira alta (0,11%), puxados pelas tarifas de telefonia (2,72%). Já os preços dos serviços privados caíram em média (-0,25%).
Mais informações podem ser obtidas em
udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar o
boletim mensal e a
série histórica do ICV/Udesc Esag desde junho de 1994.
Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
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