Notícia

Pesquisadores, profissionais de saúde e vereadores publicaram nota conjunta criticando alteração das informações disponíveis na plataforma Covidômetro, mantida pela Prefeitura de Florianópolis para dar transparência aos dados que orientam as medidas de controle da pandemia de Covid-19.

A nota é assinada por pesquisadores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) - ligados a grupos de pesquisa do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) – e da Universidade Federal (Ufsc), além de organizações de profissionais e pesquisadores de saúde e vereadores da Capital.

Na última quinta-feira, 16, Florianópolis atingiu a classificação de “altíssimo risco” em relação à pandemia. Essa classificação de risco em cinco níveis (controlado, baixo, moderado, alto e altíssimo) deflagra os tipos de restrições de circulação e outras medidas determinadas pelo poder municipal para deter a propagação do vírus. Quanto mais alto o risco, mas restrições.

Até esse dia, o site do Covidômetro trazia, além do nível de risco atual para a cidade, o detalhamento das restrições correspondentes a cada um dos cinco níveis. De acordo com a nota, essa tabela com detalhamento das medidas para cada nível de risco foi substituída por uma tabela menos detalhada, apresentando restrições mais brandas.

Veja aqui como era o Covidômetro em 11 de julho

Acesse aqui o site atualizado do Covidômetro

Leia aqui a íntegra da nota conjunta à Prefeitura de Florianópolis

Ainda de acordo com a nota, “a justificativa dada pela Prefeitura Municipal de Florianópolis, de que a mudança ocorreu em razão da adoção de medidas de combate à pandemia de forma conjunta entre os municípios da região metropolitana da Grande Florianópolis, não explica a ausência ou redução do nível de informações e publicização de critérios”.

“O que se espera é o oposto, que as decisões das prefeituras sigam padrões de transparência em conjunto, que podem ser mais detalhados e não menos do que os disponíveis no Covidômetro”, continua a nota.

Por fim, os signatários da nota solicitam “manifestação e providências urgentes quanto à retirada de informações consideradas vitais no momento de Altíssimo Risco para o município e para nossa região, e a inclusão do histórico de medidas, dados e justificativas para as mudanças realizadas”.

A nota se encerra lembrando que “cabe aos gestores, sob pena de responsabilização, garantir medidas efetivas de proteção à população”.

Assinam a nota conjunta:

Udesc Esag
- Grupo de Pesquisa Politeia
- Núcleo de Inovações Sociais na Esfera Pública
- Grupo de Pesquisa Callipolis

Ufsc
- Departamento de Saúde Pública
- Grupo de Pesquisa em Farmacoepidemiologia
- Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
- Núcleo de Pesquisa e Extensão em Bioética e Saúde Coletiva
- Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial
- Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais

Sociedade Civil
- Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)
- Observatório COVID-19 BR

Vereadores
- Pedro de Assis Silvestre (Pedrão)
- Marcos José de Abreu (Marquito)

Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br