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Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas

Notícia

02/12/2020-15h11

Novembro tem nova alta geral de preços, mostra Índice de Custo de Vida da Udesc Esag

Alta do dólar e mercado externo de grãos continua impactando custo de alimentos como as carnes - Foto: Getty Images
A inflação registrada em novembro praticamente repetiu a alta generalizada de preços do mês anterior, para os consumidores de produtos e serviços em Florianópolis. O índice de novembro ficou em 0,67%, ligeiramente inferior ao de outubro (0,77%). Houve aumento em todos os grupos pesquisados, exceto itens de vestuário e de saúde e cuidados pessoais.

Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag). A inflação acumulada está em 4,07% desde janeiro e em 4,83% nos últimos 12 meses.

Alimentação

Os preços dos alimentos (que correspondem a mais de um quinto do orçamento das famílias), subiram mais que o dobro do índice geral. O grupo Alimentos e Bebidas teve alta de 1,46%. As refeições feitas fora de casa, no entanto, subiram menos (0,64%).

Em compensação, os alimentos comprados em feiras e supermercado tiveram aumento de 1,94%. Os que mais encareceram foram os tubérculos, raízes e legumes (10,65%), com destaque para a batata inglesa (30,5%) e cebola de cabeça (10,64%).

Vários grupos de alimentos importantes na mesa das famílias tiveram aumentos médios em torno de 4%. É o caso dos óleos e gorduras (4,20%), frutas (4,11%), carnes in natura (4,04%) e carnes e peixes industrializados (3,97%).

Economia e ambiente

De acordo com o coordenador do Índice de Custo de Vida da Udesc Esag, Hercílio Fernandes Neto, os aumentos se devem basicamente aos mesmos fatores dos meses anteriores. “Houve alta do dólar e mercado externo favorável a alimentos como soja e milho, que também são insumos para a produção de carnes, leite e derivados, aumentando o custo destes produtos”, explica.

Ao lado dessas causas econômicas, também houve contribuição para os aumentos de fatores ambientais. “Houve pouca chuva em regiões produtoras no Rio Grande do Sul, Santana Catarina e Paraná, somada à sazonalidade de alguns itens”, completa Fernandes.

Outros preços

Além dos alimentos, houve alta significativa nos preços dos serviços ligados à habitação (1,60%). Nesse caso, o impacto maior foi do reajuste na tarifa de energia elétrica (7,71%), que havia sido temporariamente suspenso e foi retomado.

Também subiram em média os preços dos produtos e serviços ligados ao transporte (0,47%), artigos para residência (2,57%) e comunicação (1,92%). Ficaram praticamente estáveis os itens de despesas pessoais (0,05%) e educação (0,15%).

Já os itens de vestuário tiveram mais uma redução significativa (-3,36%). Ao longo de 2020, é o único grupo que apresenta diminuição nos preços, com uma queda que se destaca nos números (-15,55%). Além das roupas, houve ligeira queda em novembro dos preços relativos a saúde e cuidados pessoais (-0,40%).

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 30 de novembro.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.

Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.

Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br
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  • Mercado externo impacta custo de alimentos como a carne
 
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