Binário Armada é uma das atrações na exposição
(com)Fabulações Raciais. Foto: Divulgação
O Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), a partir de projeto de extensão do
Laboratório de Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais (Aya), e em parceria com outras instituições e grupos, promove desde outubro e ao longo de novembro o Circuito de Exposições Poéticas da Relação. São quatro exposições abertas ao público, com visitação gratuita, distribuidas em museu, galeria e universidades na cidade de Florianópolis.
O circuito que tem como objetivo promover a produção, circulação e divulgação científica e cultural pós-colonial e decolonial, com ênfase nas temáticas africanas, afro-diaspóricas e indígenas.
O evento é uma ação coordenada pela professora Juliana Crispe, do Centro de Artes, Design e Moda (Ceart), da Udesc, e integrante do Aya, a partir de projeto do laboratório e envolvimento de grupos como o Armazém Coletivo Elza, o Grupo de Pesquisa Compor (Udesc Ceart), o Núcleo de Diversidades, Direitos Humanos e Ações Afirmativas (Nudha/Udesc Ceart), o Ebó Epistêmico (UFSC) e órgãos como as pró-reitorias de Extensão e Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc).
As curadorias são compartilhadas com a professora Thainá Castro (Museologia UFSC e uma das coordenadoras do Ebó Epistêmico).
Exposições abertas ao longo de novembro
Na quarta-feira, 23, foi aberta a exposção (com)Fabulações Raciais, protagonizada por oito artistas, no Bloco B do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Ufsc, aberta à visitação até 30 de outubro.
Na quinta-feira, 24, foram abertas as exposições Afetos, de Gugie Cavalcanti, localizada na Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti, na Praça XV de Novembro, no Centro de Florianópolis, e a exposição Mirasawá, de Moara Tupinambá, no Museu Victor Meirelles (Ibram/MinC). Ambas ficam abertas ao público até 29 de novembro. Na ocasião, a equipe Audiovisual do Aya Laboratório entrevistou as artistas Moara Tupinambá e Gugie Cavalcanti para o projeto AYA Entrevista, coordenado pela professora Claudia Mortari, da Udesc Faed.
Já na próxima segunda-feira, 1° de novembro, a exposição (com) Fabulações Raciais estará no hall do Bloco Amarelo da Udesc Ceart para visitação até 19 do mesmo mês.
Em paralelo à programação do circuto, foi realizada também na sexta-feira, 25, na Udesc Ceart, a palestra "Todo mundo tem suas raises, quais são as suas? Arte, ancestralidade e ativismo", com Moara Tupinambá, que assina uma das exposições. O debate foi mediado pelao professora Luisa Wittmann, da Udesc Faed, e por Khetllen Costa.
Articulação entre ensino, pesquisa e extensão
O Circuito de Exposições Poéticas da Relação surgiu a partir de uma ideia da professora Juliana Crispe, compartilhada com outras docentes da Udesc, para realizar exposições artísticas durante o segundo Encontro Internacional Pós-Colonial e Decolonial, organizado pelo Aya Laboratório, em 2022. A partir da primeira experiência, naquele ano, o circuito foi transformado em um projeto de extensão dentro do laboratório. "O objetivo é sempre trazer exposições de artistas afrodecendentes e indígenas, a partir de uma perspectiva de conhecimento multidisciplinar, assim como articular ações com outros programas de extensão e grupos, produzindo um rico material de divulgação histórica", considera da professora Cláudia Mortari, que coordena o Aya Laboratório.
A realização do circuito, entre outras atividades do Aya, reforçam a articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão na graduação e na pós-graduação dentro do laboratório. "Aqui nós não separamos estes campos, não há hierarquia entre eles. Além disso, são ações articuladas com outras instituições, como a própria Udesc Ceart. Etamos sempre aprendendo e pesquisando sobre a trajetória de afrodecendentes e indígenas, pessoas que ficaram invisíveis na história", considera a professora Luisa Wittmann, do Departamento de História da Udesc Faed e integrante do Aya.
Para Wittmann, o circuíto nos leva a pensar e repensar a relação entre a arte e a história. "É um material muito rico, que mostra como os indígenas estão recontando a sua história com a arte, a partir do questionamento da perspectiva eurocêntrica e com a construção de novas linguagens", explica.
Além da importância da realização do circuito, a professora Cláudia Mortari ressalta ainda a produção audiovisual do laboratório, a partir de ações como o Aya Conversa e o HIstórias Plurais. "Produzimos materiais para divulgação de narrativas sob uma perspectiva ampliada da história, sobre a nossa percepção de mundo, do passado e também do presente", relata.
O Aya Laboratório, que foi fundado em 2016, conta com uma
página na internet e também um
perfil oficial no Instagram para divulgação das ações e projetos.
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