Preços dos alimentos subiram em média 1,39% nos supermercados - Foto:
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A inflação voltou a acelerar em outubro para os consumidores de produtos e serviços em Florianópolis. A alta média dos preços foi de 0,77%, mais que o dobro do
índice registrado no mês anterior (0,34%). Houve aumento em quase todos os grupos pesquisados, com destaque para os alimentos.
Os números são do
Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da
Fundação Esag (Fesag). A inflação acumulada está em 3,38% desde janeiro e em 4,53% nos últimos 12 meses.
De acordo com o coordenador do ICV/Udesc Esag, Hercílio Fernandes Neto, o fenômeno já verificado nos números do mês anterior continua em ação, com o mercado externo puxando os preços dos alimentos para cima. Com a alta do dólar e a demanda aquecida para a exportação de produtos como a soja, especialmente para a China, há pressão em toda uma cadeia de produção de alimentos.
Alimentação
Os alimentos tiveram uma alta média de 1,05% (acima do índice geral do mês, de 0,77%). Se for excluída a alimentação fora de casa, em restaurantes e lanchonetes, o aumento dos produtos comprados em supermercados e feiras chega a 1,39%. Praticamente todos os subgrupos de preços de alimentos tiveram aumento.
No subgrupo com os custos mais impactados pela soja e outros grãos com preços internacionais em alta (óleos e gorduras), o aumento médio chegou a 10,44%. No caso específico do óleo de soja, o preço subiu mais de 14%. As carnes, que também sofrem esse impacto no custo da ração dos animais, subiram em média 5,15%, com aumentos de mais de 10% em alguns cortes.
Outros preços
Além dos alimentos, ficaram mais caros em outubro, em média, os produtos e serviços ligados aos transportes (0,56%), habitação (1,53%), saúde e cuidados pessoais (0,37%), despesas pessoais (1,72%), artigos de residência (1,08%) e educação (0,16%). Mais da metade do orçamento das famílias se concentra nos grupos alimentação, transportes e habitação, que têm impacto maior no índice.
Houve queda média dos preços em outubro apenas nos grupos vestuário (-0,86%) e comunicação (-0,34%). Mas esses grupos têm relativamente pouco peso no índice geral, baseado na Pesquisa de Orçamento Familiar em Florianópolis (POF/IBGE). Os itens de vestuário representam 6% do orçamento das famílias e os serviços de comunicação, pouco mais de 5%.
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 30 de outubro.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em
udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os
boletins mensais (desde 2010) e as
séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br