Um
artigo de acadêmicos de Zootecnia do
Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), recomenda a adoção da piscicultura (criação de peixes) por produtores rurais do Oeste Catarinense como alternativa rentável e com baixo custo de mão de obra, instalação e manutenção.
O trabalho foi elaborado por Tamires Rodrigues dos Reis, bolsista de iniciação científica; Taisa Rigo e João Henrique dos Reis, bolsistas do Programa de Educação Tutorial (PET); e Renie Venn Chan, aluno de Zootecnia da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Os estudantes receberam orientação do professor Diogo Luiz de Alcântara, da Udesc Oeste.
Segundo os acadêmicos, a piscicultura no Oeste de SC é caracterizada principalmente por propriedades familiares rurais que possuem viveiros em torno de 3 mil metros quadrados em média e cultivam espécies como tilápias, carpas, trutas, jundiás e bagres.
O destaque é para a criação da tilápia, que foi iniciada na década de 90 e vem demonstrando "expressivo aumento da sua produção, associada ao fato de que a espécie apresenta fácil manejo, possui resistência e baixas concentrações de oxigênio".
Os estudantes acrescentam o fato de a tilápia ter hábito alimentar onívoro, que possibilita a ingestão de grandes variedades de alimentos, principalmente naturais (micro-organismos), encontrados nos viveiros e açudes.
Além do bom desempenho zootécnico, a carne da tilápia agrada ao paladar dos consumidores com seu filé branco, de sabor suave, com baixos níveis de gordura e sem apresentar espinhos.
A pesquisa relata também a existência de outras espécies que também se destacam em SC, mas com menor relevância comercial em relação às tilápias e carpas. Nessa lista, estão trutas, jundiás e bagres, mais adaptadas a ambientes frios e com grande aceitação do consumidor pelo sabor da carne e pela prática da pesca esportiva.
O artigo adverte para o cuidado com a qualidade da água utilizada na criação de peixes devido à quantidade de oxigênio dissolvido e ao controle do pH e da temperatura, já que esses componentes são inteiramente associados ao desempenho de produção e reprodução de peixes.
Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
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