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Notícia

17/12/2015-12h15

Estudo coordenado por professor da Udesc Oeste identifica 20 novas espécies de minhocas em SC

Um grupo de 12 pesquisadores nacionais e internacionais do projeto sobre biodiversidade de organismos do solo em sistemas de manejo no Estado, coordenado pelo professor Dilmar Baretta, do curso de Zootecnia do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), identificou cerca de 20 novas espécies de minhocas em mais de mil amostras coletadas em quatro regiões catarinenses.

Entre os pesquisadores envolvidos e que atuam em pesquisas sobre Biologia, Física e Química do Solo, mais três são da universidade estadual: Osmar Klauberg, do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), de Lages, e Carolina Maluche e Álvaro Mafra, também da Udesc Oeste.

Atuam também no projeto pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Regional de Blumenau (Furb), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de instituições da França (Rouen), dos Estados Unidos (Iowa) e de Portugal (Coimbra).

Segundo o estudo, a presença de minhocas indica uma melhor qualidade do solo. Ele abrange áreas da floresta nativa, integração lavoura-pecuária, plantio direto, reflorestamento de eucalipto e pastagem perene das regiões Oeste, Sul, Planalto e Leste de SC.

Os recursos para a pesquisa vieram do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Udesc e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), por meio do Programa de Apoio à Pesquisa (PAP Externo)

Literatura

Segundo o professor Dilmar Baretta, as novas espécies de minhocas nativas e exóticas identificadas não fazem parte da literatura sobre esses organismos. A pesquisa identificou também indivíduos do gênero Urubenus em áreas agrícolas, considerado indicador de ecossistemas bem preservados, encontrados em florestas do Sul e Sudeste do Brasil.

Baretta destaca que a descoberta já gerou seis dissertações e quatro teses e envolveu 30 alunos de iniciativa científica. Além de servir na elaboração de um atlas sobre a biodiversidade em Santa Catarina, o projeto contribuiu ainda para a formação de alunos em Zootecnia e Agronomia, de mestrandos e doutorandos em Manejo do Solo e de participantes de pós-doutorado.

O projeto, que terminará em 2016, buscar estudar a biodiversidade de organismos do solo (distribuição, abundância e diversidade de espécies nativas e exóticas) e outras variáveis ambientais, como indicadores de qualidade e diferentes sistemas de manejo em SC.

Minhocas

Além de se alimentar de restos orgânicos que ficam depositados na terra, a minhoca elimina suas fezes no solo. A ação das bactérias sobre esses restos alimentares produz o húmus, que serve de adubo natural e agiliza o crescimento de vegetais, frutas e outras plantas.

Isso acontece porque o húmus tem nitrogênio, potássio e fósforo, substâncias essenciais para ajudar no fortalecimento e no desenvolvimento das plantas.

Esses invertebrados auxiliam também na ventilação das raízes das plantas com a criação de túneis devido aos seus movimentos e facilitam a infiltração de água das chuvas, o que faz com as raízes absorvem mais líquidos e se fortaleçam mais rápido.

Como as minhocas podem viver até os 16 anos e sua produção é muito rápida, cada um desses organismos consegue colocar uma média de 15 milhões de ovos ao longo da sua vida, o que facilita ainda mais na produção de húmus e aumenta os benefícios para o solo.

Leia mais:

10/12/2015 - Grupos de pesquisa da Udesc mostram resultados de projetos financiados pelo PAP Externo

15/06/2015 - Professor de Zootecnia da Udesc Oeste coordenará comissão da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo

15/08/2012 - Pós-doutoranda da Udesc Chapecó especialista em minhocas participa de programa na Rede Globo

31/01/2012 - Udesc do Oeste recebe pesquisadores estrangeiros especialistas em biodiversidade do solo

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
E-mail: valmor.pizzetti@udesc.br
Telefones: (48) 3321-8142/8143
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