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Notícia

29/01/2015-11h34

Estudo de acadêmicas da Udesc Oeste aponta incidência grave em bovinos com reflexos na síntese do leite

Estudo elaborado por acadêmicas do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), aponta a incidência cada vez mais frequente do Leite Instável não Acido (Lina) no rebanho bovino do Oeste do Estado associado a transtornos fisiológicos metabólicos, nutricionais ou genéticos com implicações na síntese do leite. O problema pode ocasionar alterações físico-químicas no produto com reflexos na produção de derivados lácteos.

As acadêmicas Beatriz Danieli e Kaine Cristine Cubas, do curso de Zootecnia da Udesc Oeste e autoras da pesquisa, consideram o Lina um problema grave e cada vez mais presente no campo. O fenômeno, segundo elas, acomete com freqüência em rebanhos e é resultante da reação positiva do leite à prova do álcool. O teste, que é o mais comum realizado antes do carregamento do leite na propriedade rural, objetiva medir a acidez do leite. O álcool atua como um desidratante, simulando as condições de aquecimento para a pasteurização na indústria.

Problemas sanitários

As alunas lembram que a busca pela melhoria da qualidade do leite é incansável e dependente de fatores diversos relacionados ao rebanho e ao armazenamento do produto.  De acordo com elas, problemas sanitários são os mais discutidos atualmente e normalmente estão relacionados às etapas de higienização da sala de ordenha e do tanque de expansão, ao resfriamento do leite e a realização do pré e pós dipping (banho de imersão)

As acadêmicas de Zootecnia revelam que os distúrbios metabólicos, problemas nutricionais e o estresse causado pelo calor deixam os animais mais vulneráveis, e o leite produzido recebe o impacto dessas mudanças abruptas, já que surgem alterações em suas propriedades físico-químicas, perda de valor e, muitas vezes, impossibilidade de introdução no mercado, o que deixa o produtor frustrado com a atividade leiteira.

O estudo considera que animais na sombra em pastagem perene de verão de boa qualidade, associada à disponibilização de água em cada piquete, são fatores que podem diminuir a ocorrência do Lina. O Leite Instável não Ácido, segundo o trabalho das acadêmicas, é encontrado com maior freqüência em vacas da raça Holandês do que na raça Jersey, pelo fato desta última ser mais rústica e tolerante ao calor

“Relatos comprovam que a incidência de Lina se agrava em períodos de estacionalidade onde a oferta de pastagens de qualidade é diminuída o que provoca um desbalanço nutricional que pode causar a instabilidade do leite”, constatam as acadêmicas da Udesc Oeste. Elas sugerem que a questão pode ser reduzida com o uso de tamponantes como sais de bicarbonato ou fornecimento de feno de qualidade. O objetivo é promover mais ruminação e salivação e evitar alterações na síntese do leite.

O trabalho das acadêmicas foi publicado na edição 146 desta quinta-feira, 29, do suplemento Sul Brasil Rural, encartado no jornal Sul Brasil, editado em Chapecó e com circulação em municípios da Região Oeste. O encarte é organizado pelo professor Paulo Ricardo Ficagna, do curso de Zootecnia da Udesc Oeste.

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
E-mail: valmor.pizzetti@udesc.br
Telefones: (48) 3321-8142/8143
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