Um estudo de aluna do curso de Zootecnia do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Chapecó, garante que a carne de frango consumida no Brasil não contém hormônio e que o rápido ganho de peso do animal é resultado de intensas pesquisas na área de melhoramento genético, nutrição e manejo.
O trabalho da acadêmica Beatriz Danieli, denominado "Hormônio em carne de frango - discussão desnecessária", foi publicado na última edição do suplemento quinzenal Sul Brasil Rural, que é encartado no jornal Sul Brasil, de Chapecó, com tiragem de 6 mil exemplares. Para elaborar o estudo, a aluna recebeu orientação da professora
Lenita Stefani, da Udesc Oeste.
De acordo com a acadêmica, "é difícil acreditar na ausência de hormônio na carne de frango quando se produz um animal em tão curto tempo. Muitas acreditam que o rápido ganho de peso estaria associado ao uso de aditivos, mas não se encontra base científica que comprove que o frango é submetido a essas condições".
O artigo explica que a evolução da produção de frangos no Brasil teve como base o melhoramento na genética do animal. A ave, que em 1974 atingia, em média, 1,495 grama aos 56 dias, hoje alcança 2 quilos em 35 dias. O peito de frango, que antes do melhoramento genético pesava cerca de 700 gramas, passou a ter mais de um quilo.
Beatriz destaca que o melhoramento animal, associado a uma boa nutrição, controle ambiental e desenvolvimento na prevenção e tratamento de doenças, faz com que a ave cresça rapidamente de forma saudável, dando origem a uma carne de qualidade. "É por isso que o Brasil é o maior exportador de frango do mundo", ressalta.
Desconfiança
O estudo observa que, mesmo com todo o esclarecimento e "o árduo trabalho das empresas avícolas", há ainda "muita desconfiança e ignorância" por parte do público em geral.
Segundo a aluna, a mídia atual e o uso de embalagem com frases como "Não contém hormônio" parecem colaborar com a polêmica, já que deixa a dúvida de que o produto que não apresenta essas mensagens talvez contenha hormônio. Assim, o consumidor pode passar a comprar e até a pagar mais caro só para ter a certeza de que não está levando para casa um produto nocivo à saúde.
A acadêmica da Udesc Oeste garante, por fim, que o frango não responde ao uso de hormônio e que sua prática não é viável economicamente.
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