Conversa com técnicos e docentes foi na tarde desta
segunda, no Plenarinho - Foto: Luiz Eduardo Schmitt
"É momento para termos calma e cautela." Essa foi uma das principais mensagens do reitor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Marcus Tomasi, aos técnicos e professores da Reitoria em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 31, sobre o movimento estudantil que ocupa o hall do prédio, em Florianópolis, há quase uma semana.
O objetivo do encontro, que ocorreu no Plenarinho da Reitoria, foi esclarecer a postura da administração da universidade frente ao movimento, além de tratar sobre a convivência entre alunos e servidores no local.
Os estudantes aderiram a um protesto nacional contra a PEC 241, que limita gastos públicos no âmbito federal, entre outras reivindicações, como ocorre em várias instituições de ensino no País. No entanto, na última quarta-feira, 26, os alunos impediram o acesso de servidores da Reitoria ao prédio, além de ocuparem a Rádio Udesc FM, alterando a programação da emissora, o que levou a gestão da universidade a solicitar à Justiça uma ação de reintegração de posse.
Sob o risco de uma ação da Polícia Militar na sede do Campus I, em virtude do descumprimento da medida judicial por parte dos estudantes, Tomasi dialogou com o movimento na tarde de quinta-feira, 27, e pediu a suspensão imediata da ação, com a contrapartida de os alunos não impedirem o trabalho dos servidores.
"Temos o compromisso de garantir a segurança dos técnicos e professores, que não passem por constrangimentos, e também ficamos preocupados com a intervenção policial", afirmou o reitor.
Diálogo foi mantido a todo momento
De acordo com o vice-reitor da Udesc, Leandro Zvirtes, foi mantido o diálogo com os estudantes desde o começo do movimento. "A Reitoria sempre buscou a conversa com o movimento, desde o início. Vamos ser fortes para não deixar a nossa Udesc parar", orientou.
O pró-reitor de Extensão, Cultura e Comunidade, Fábio Napoleão, que teve papel importante na conversa com os alunos, disse que não há manifestação acima do binômio direito-dever. "Temos nos empenhado ao máximo para que o movimento ocorra sem ferir o direto dos servidores", destacou.
Tomasi declarou que será criada uma comissão de técnicos e professores para continuar a conversa com o movimento estudantil. "Peço a colaboração e a paciência de todos vocês. Estamos à disposição para conversar", concluiu o reitor.
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