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Notícia

11/08/2016-12h11

Pesquisa da Udesc Oeste aponta compostagem como alternativa para tratamento de dejetos

Um trabalho de estudantes do curso Zootecnia do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), aponta a compostagem como alternativa para tratamento de dejetos e garante que o material obtido poderá ser utilizado na produção de fertilizantes de qualidade, com elevada concentração de nutrientes sem poluição, para a adubação de lavouras, pomares, hortaliças e jardins.

De acordo com a pesquisa, 60% da composição dos resíduos no Brasil é matéria orgânica com potencial para compostagem, mas os principais destinos desse material ainda são lixões e aterros sanitários, onde é depositado sem prévio tratamento.

O estudo foi elaborado pelas acadêmicas Andressa Paula Frandoloso, Alessandra Arno, Bianca Francisco, Gabriela Miotto Galli e pelo aluno Thiago Luiz Mattiello, após a conclusão da disciplina de Manejo de Resíduos e Dejetos, ministrada pelo professor Diogo Luiz de Alcântara Lopes. 

Segundo o docente, a compostagem é pouca utilizada em municípios do Oeste de SC devido à ausência de mão de obra especializada. Ele lembra que a unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Concórdia tem procurado incentivar agricultores a adotarem o sistema, com algum êxito. "Falta investimento", observa.

Benefícios

Conforme o trabalho dos estudantes da Udesc Oeste, o tratamento e a disposição adequada dos resíduos são capazes de disponibilizar nutrientes no solo sem prejudicar o ambiente.

A compostagem é uma das alternativas de manipulação, transformação e reaproveitamento dos resíduos orgânicos agrícolas, industriais e urbanos, como um processo biológico aeróbico e controlado, que acelera a transformação de resíduos orgânicos em húmus estabilizado e pode ser conduzida em instalações de pequeno, médio e grande porte.

De acordo com a pesquisa, os materiais normalmente utilizados na compostagem são divididos em ricos em carbono, compostos por folhas e galhos das árvores, palhas, fenos e pepel, e materiais ricos em nitrogênio, formados por dejetos de animais, solo e restos de vegetais hortícolas.

Os acadêmicos afirmam que os materiais utilizados na compostagem não devem conter substâncias que prejudiquem o processo, como pilhas, vidros, plásticos, metais, pedras, ossos inteiros, produtos com agrotóxicos e inseticidas.

A forma e o tamanho das leiras (sulcos) influenciam na velocidade da compostagem e dependem da área disponível para o preparo. O tamanho das partículas de material utilizado deve ser reduzido para facilitar o trabalho dos micro-organismos, e as leiras não podem ficar expostas ao sol.

Temperatura

O estudo da Udesc Oeste afirma que a temperatura durante a compostagem é importante na manutenção da sobrevivência dos micro-organismos decompositores e que ela não deverá ultrapassar 60°C; no entanto, precisa ser reduzida gradativamente com o passar do tempo. Para verificá-la, além do uso do termômetro, é recomendável a utilização de uma barra de ferro, que deverá ser introduzida na pilha de compostagem.

Se a temperatura ficar próxima do limite máximo, é preciso revolver as leiras para possibilitar a liberação do calor e a homogeneização do material, e a umidade tem de ser monitorada para possibilitar a aceleração da formação do húmus. Após cerca de 120 dias, o material estará com a cor escura, cheiro de terra, temperatura baixa e pronto para ser aplicado.

Se o manejo for realizado de forma adequada, a compostagem produzirá fertilizantes de qualidade, com elevada concentração de nutrientes e ausência de poluentes, que poderão ser utilizados na adubação de lavouras, pomares, hortaliças e jardins e "proporcionarão efeitos positivos no crescimento e na composição vegetal e melhoras na fertilidade biológica do solo".

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Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
E-mail: valmor.pizzetti@udesc.br
Telefone: (48) 3664-7935
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