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Notícia

21/05/2015-12h04

Pesquisa da Udesc Oeste comprova que produção da aguardente de mel é economicamente viável

Uma pesquisa desenvolvida pelo curso de Engenharia de Alimentos do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Pinhalzinho, constatou que a produção artesanal da aguardente de mel silvestre, que tem caracerísticas físico-químicas semelhantes às da cachaça, é uma alternativa viável economicamente para pequenas e médias propriedades rurais da região. 

No estudo realizado entre 2012 e 2014, os pesquisadores utilizaram o mel doado pelo produtor Sérgio Pagliarini, do município de Nova Erechim, no Oeste do Estado, e tiveram recursos do Programa de Apoio à Infraestrutura para Grupos de Pesquisa (PAP Udesc-Fapesc).

Coordenada pela professora Aniela Pinto Kempka, a pesquisa teve apoio dos alunos Idivandra Lange da Silva, Thais Eloá Chagas e Mateus Alcides Pagliarini, de Engenharia de Alimentos; do estudante Mircon Fruhauff, da Especialização em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Udesc Oeste; e da professora Rosa Cristina Prestes, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Agregação de valor

A professora Aniela lembra que a aguardente é uma bebida bastante consumida no Brasil e a cachaça, obtida a partir da cana de açúçar, é um produto tipicamente brasileiro, sendo a maior representante deste segmento. 

A aguardente de mel "apresenta-se como alternativa viável de agregação de valor ao mel", diz ela, ao lembrar que o produto pode ser direcionado ao mercado internacional, que busca cada vez mais aguardentes brasileiras.

Como o mel tem baixas concentrações de nitrogênio, o estudo verificou que, na produção da aguardente, será necessário a suplementação desse composto por meio da incorporação de pólen, obtido na propriedade rural, e levedo de cerveja, um subproduto da produção da própria bebida.

As aguardentes obtidas por meio do processo artesanal, aplicável em propriedades rurais com ou sem suplementação, apresentaram características físico-químicas compatíveis e seguras para o consumo e sem compostos nocivos ao consumidor.

Grau alcoólico

De acordo com o estudo do curso de Engenharia de Alimentos, a suplementação usada para aumentar a concentração de oxigênio reduziu o tempo de fermentação em até 36 horas. As aguardentes apresentaram grau alcoólico de 39 a 45 GL (abreviatura de Gay Lussac).

Segundo a professora Aniela, o teor de álcool verificado pela pesquisa obedece o Decreto nº 6.871/2009 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que indica a graduação alcoólica para esses tipos de bebida entre 38 e 54 GL.

Envelhecimento

A coordenadora do estudo diz que quem deseja produzir a aguardente de mel precisa investir para poder comercializar o produto. "A aguardente, por exemplo, não pode ser vendida em embalagem de plástico", adverte. Se o mel for produzido na propriedade, "o custo ficará bem menor".

O produto também deve passar por outras etapas, como envelhecimento em barril de carvalho por um período de um ano no mínimo. "Esse processo ajuda a melhorar o sabor e o odor, e a cor fica mais amarelada e atraente para o consumidor", destaca Aniela.

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Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
E-mail: valmor.pizzetti@udesc.br
Telefone (48) 3321-8142/8143
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