Uma pesquisa com 198 dos 362 zootecnistas formados até 2016 pelo curso de Zootecnia do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Chapecó, constatou que 97% dos participantes que responderam o estudo atuam diretamente com a produção animal, área em que foram habilitados durante a graduação.
Elaborado pela aluna Larissa Renner, o trabalho "Atuação profissional e percepção do mercado de trabalho dos egressos de Zootecnia" apontou também que metade dos formandos tem origem urbana e outra metade, rural.
Iniciado em 2014, com o envio de formulários, a ação foi repetida no segundo semestre de 2017 e contou com o auxílio dos tutores da acadêmica, os professores Diogo Luiz Alcântara Lopes e Maria Luisa Nunes Zotti.
O levantamento foi apresentado em 24 de outubro, no 1º Fórum de Egressos de Zootecnia, promovido pelo Programa de Educação Tutorial (PET) de Zootecnia da Udesc Oeste, como uma das ações do programa de extensão "A Zootecnia e o zootecnista, além das fronteiras universitárias".
Dados
O trabalho apontou que, entre 198 egressos, há 20 especialistas, 40 mestres, 11 doutores e seis com pós-doutorado. Essa capacitação profissional foi bastante enfatizada pela acadêmica durante o fórum.
Segundo Larissa, como a Udesc Oeste oferece pós-graduação na área, "muitos terminam a graduação e iniciam logo o mestrado".
Na área de atuação, a pesquisa constatou que em torno de 50 egressos atuam em consultoria técnica, cerca de 30 em nutrição e igual número em ruminantes. O restante se divide entre as áreas de monogástricos, pesquisa, frigorífico, na própria propriedade e professor. A média salarial varia de R$ 2,5 mil a mais de R$ 7 mil.
Dificuldades
De acordo com o trabalho, 44 zootecnistas apontaram dificuldades para ingressar no mercado trabalho, alegando ainda haver pouca compreensão sobre a efetiva atuação do profissional, devido à concorrência com o agrônomo e o veterinário.
A pesquisa ainda apontou que as mulheres zootecnistas também enfrentaram dificuldades, pois, segundo as profissionais, "muitos acham que trabalhar com produção animal não é serviço para elas".
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