Jean Bettoni, entre os pesquisadores do USDA, no
laboratório, nos Estados Unidos - Foto: Divulgação
Um trabalho do doutorando Jean Carlos Bettoni, do
Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages, foi apresentado no 3º Simpósio Internacional de Criopreservação de Plantas, em Bangkok, na Tailândia, em março.
A pesquisa está relacionada à criopreservação de videira, um processo onde células ou tecidos biológicos são preservados através do congelamento a temperaturas muito baixas. "A criopreservação é considerada uma técnica eficiente para armazenamento a longo prazo de material vegetal, especialmente por manter a integridade genética dos materiais criopreservados", explica o doutorando.
O trabalho foi desenvolvido durante o doutorado sanduíche de Bettoni, no Departamento de Agricultura dos Estado Unidos (USDA), na Unidade de Pesquisa em Preservação de Germoplasma de Plantas, localizada no Laboratório Nacional de Preservação de Recursos Genéticos, em Fort Collins, no Colorado. O laboratório faz parte do Serviço de Pesquisa Agrícola dos Estados Unidos e é considerado um dos principais biobancos do mundo.
De acordo com Bettoni, não existe um banco ativo de materiais de videira criopreservados e, dentre os motivos, está a falta de protocolo que funcione para a gama de espécies existentes. "Com base nessas informações, nosso objetivo foi o desenvolvimento de um protocolo robusto de criopreservação que fosse efetivo para as espécies de videira disponíveis", explica ele.
Nos Estados Unidos, a pesquisa foi orientada pela doutora Gayle Volk, que realizou a apresentação oral do trabalho no simpósio, na Tailândia. Na Udesc Lages, Bettoni é orientado pela professora Aike Anneliese Kretzschmar. O trabalho também tem outros dois autores do USDA: Remi Bonnart e Ashley Shepherd.
"Essa foi uma oportunidade para divulgar o trabalho para pesquisadores e instituições de várias regiões do mundo, que atuam na área de criopreservação de plantas, além de divulgar a Udesc Lages em nível internacional", conclui o doutorando.
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