Professor Aury Nunes de Moraes foi chamado para
sedar leão-baio - Fotos: Cabo Philippe Pereira/PMSC
O professor Aury Nunes de Moraes, do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages, foi acionado para auxiliar em uma operação de captura de um Puma concolor, conhecido como leão-baio, no último sábado, 18, em Mafra, no Norte Catarinense.
A operação mobilizou a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar Ambiental, na tentativa de capturar o animal, que estava em uma construção, nos fundos de uma residência. O resgate foi chamado por um dos moradores da casa.
O professor é responsável pelo setor de animais silvestres do Hospital de Clínica Veterinária da universidade e é experiente em anestesiologia animal. Ele foi chamado para sedar o leão-baio que, depois, seria solto em área de mata segura.
Foi usada uma rede para cobrir o local onde estava o animal e, em seguida, foi preparado um dardo com tranquilizante. O leão-baio se movimentou durante o disparo e o dardo não penetrou na musculatura. Ele acabou escapando rumo à mata próxima ao local, antes do segundo disparo.
"Toda a operação foi acompanhada por drones, exatamente, já prevendo possibilidade de uma fuga, que seria monitorada pelo equipamento", explica o professor. "No caso de o animal ter sido capturado, seria levado para a Floresta Nacional de Três Barras, onde há uma área de preservação permanente".
Puma concolor em risco de extinção
De acordo com Moraes, o Puma concolor, também chamado de suçuarana ou onça parda, é um animal em risco de extinção vulnerável. É capaz de pular mais de cinco metros de altura e pode se deslocar por mais de 30 quilômetro em uma noite. "A cada animal capturado, é importante coletar o máximo de informações quanto a sua biologia, através da biometria e, também, quando possível, coletar material como sangue, fezes e pelos para verificar possíveis doenças", afirma o professor.
Segundo ele, no Brasil, não há relatos de ataques do leão-baio a seres humanos, mas na América do Norte, nos últimos cem anos, há relatos de 125 ataques, que resultaram em 27 mortes. "Como muitos predadores, a onça pode atacar se encurralada".
Assessoria de Comunicação da Udesc Lages
Jornalista Tatiane Rosa Machado da Silva
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