Francisco Rosa Neto é docente efetivo da
Udesc Cefid desde 1997 - Fotos: Divulgação
O professor
Francisco Rosa Neto, do
Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), participa neste domingo, 28, do
Ironman Florianópolis 2019.
Com largada e chegada na Praia dos Ingleses, o evento reunirá mais de 1,2 mil atletas, de 21 países, em uma competição de 1,9 km de natação, 90,1 km de ciclismo e 21,1 km de corrida.
Docente efetivo da Udesc Cefid desde 1997, onde coordena o
Laboratório de Desenvolvimento Humano (Ladehu), Francisco conta que já participou de outras provas de triathlon, mas sempre se dedicou mais às corridas, porque as três modalidades exigem mais e, na condição de professor, tinha dificuldades em organizar um cronograma. “São ciclos, depende do ano e do cronograma. Neste ano, falei que ia dar e que conseguiria participar”, conta.
Estreia há 15 anos
Francisco participou de seu primeiro triathlon em 2004, quando ganhou uma inscrição no Ironman por ser professor na universidade. Na época, organizou o próprio treino e contou com a ajuda do colega professor Jóris Pazin, atual diretor-geral da unidade, que atua na área do atletismo.
“Eu sempre ia melhor na corrida. Fiz uma maratona e pensei que dava para arriscar. Não era atleta de natação, mas sabia nadar bem, só o ciclismo que era mais complicado”, recorda. Sua ideia era concluir a prova e ele conseguiu: completou o percurso em 16 horas.
Para este ano, Francisco contou com a ajuda de Roberto Lemos, da Ironmind Assessoria Esportiva, para realizar uma planilha semanal de treinos. Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Udesc Cefid, Lemos foi orientando do professor na pós-graduação. "Para treinamentos de triathlon, entre outras modalidades, há egressos da universidade atuando nas principais assessorias esportivas de Florianópolis", ressalta o docente.
Atleta-professor
Os treinos quase diários, ao longo dos quatro meses de preparação, foram conciliados com a rotina do docente, com atividades em sala de aula, orientações de trabalhos, viagens e demais compromissos. Já a última semana antes da prova teve treinos leves e reforço nos cuidados com a alimentação e o sono.
Sem preocupação com competição ou resultados, Francisco afirma que sua motivação é participar e seu principal objetivo, novamente, é completar a prova. “A prática esportiva para mim é uma terapia. Faço minha parte, se não der, está tudo certo. Não me estresso com comparações”, diz.
Mas ele vê uma forte relação entre a preparação para as provas, seu trabalho e sua qualidade de vida. "Sempre tento equilibrar a prática de exercícios com a vida profissional. Vejo o esporte como uma forma de manter a saúde e estar em atividade. Estar envolvido nos treinamentos mexe com o teu emocional, você se sente mais disposto inclusive para os desafios profissionais”, completa.
Caminho de Santiago
Além da prova de triathlon, Francisco fará o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, em junho. Para o professor, os treinamentos de corrida para o Ironman certamente ajudarão no percurso de mais de 790 km. A caminhada deve durar 40 dias.
Assim como no Ironman, o docente afirma, com um sorriso, que o objetivo é chegar ao final: “É mais uma questão de espiritualidade, de trabalhar o desapego das coisas, da rotina de bens materiais e aprender a se conhecer melhor”, afirma.
Sobre o professor
Graduado em Educação Física pela Udesc Cefid em 1985, Francisco tem mestrado pela Universidade de Sevilla e doutorado pela Universidade de Zaragoza, ambas na Espanha.
Na universidade, é docente efetivo do
Departamento de Ciências da Saúde, atuando especialmente nas áreas de desenvolvimento infantil e da terceira idade. Leciona disciplinas nos cursos de licenciatura e bacharelado em Educação Física e na pós-graduação (mestrado e doutorado).
Laboratório
Em 1997, criou o Ladehu, que há mais de duas décadas realiza pesquisas com objetivo de promover o desenvolvimento humano, dentro de um enfoque biopsicossocial, com ênfase na abordagem multiprofissional e interdisciplinar, priorizando a prevenção dos distúrbios do desenvolvimento.
As três linhas de pesquisa do laboratório trabalham questões como dificuldades de aprendizagem, alterações neurológicas, autismo e deficiências intelectuais, entre outras. Os atendimentos são realizados em hospitais, mas as avaliações são feitas no laboratório, com um protocolo de avaliação reconhecido no Brasil inteiro.
Francisco destaca que mais de 40 colaboradores já passaram pelo Ladehu, entre alunos de mestrado e doutorado, além de professores e profissionais de outras áreas e estados que auxiliam nas pesquisas.
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* Esta reportagem foi apurada e escrita pela estagiária de Jornalismo da Udesc Cefid, acadêmica Karla Quint, sob supervisão e edição do jornalista Gustavo Cabral Vaz