Notícia

A professora Maria Helena Kraeski, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), foi escolhida pela Federação de Ginástica de Santa Catarina (FGSC) como a melhor técnica de ginástica rítmica de 2015, na estreia da categoria.

A cerimônia, que foi realizada em 11 de março, no auditório da Fundação Municipal de Desporto de Blumenau, também premiou, com o Troféu Eficiência, a equipe de ginástica rítmica da Associação Desportiva do Instituto Estadual de Educação (Adiee), de Florianópolis, treinada pela professora.

Primeira a vencer o prêmio, Maria Helena comemorou. "Temos nos dedicado bastante a esse projeto, e um prêmio sempre mostra que estamos no caminho certo. Esse prêmio eu divido com todas aquelas pessoas que fazem parte do meu trabalho", disse.

Criado em 2002, o Prêmio Melhores do Ano da FGSC homenageou 18 personalidades do esporte do ano passado, entre técnicos e atletas, que se destacaram nas categorias de pré-infantil a adulto nas ginásticas artística e rítmica.

Nesta edição, pela primeira vez os vencedores foram escolhidos por um sistema de acúmulo de pontos, que eram conquistados conforme a participação em competições.

A pontuação dependia das colocações em que os participantes ficavam, que precisava ser entre o primeiro e o oitavo lugar, e do tipo de competição. 

Trajetória no esporte

Atualmente, Maria Helena treina as equipes de ginástica rítmica do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), nas categorias adulto e juvenil, que fazem parte do projeto de extensão Aperfeiçoamento em Ginástica Rítmica.

Natural de Florianópolis, a técnica teve seu primeiro contato com o esporte ainda criança, aos 12 anos, quando estava na escola e soube de uma seletiva para formar a equipe de ginástica do IEE, onde estudou até entrar na universidade.

Em 1981, um ano após ser aprovada na seletiva, começou a participar de torneios estaduais porque não havia recursos para competir nacionalmente. Mesmo assim, como as competições estaduais eram seletivas, acabou participando dos Jogos Escolares Brasileiros duas vezes, uma com sua equipe e outra como convocada pelo munícipio de Blumenau. 

Como técnica, participou de campeonatos da FGSC e da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) e de campeonatos brasileiros, além de ter atuado nos Jogos Sulamericanos de Ginástica.

Durante a carreira, também representou a seleção brasileira de ginástica rítmica duas vezes, em 2008, nas Olímpiadas Escolares, no Catar, e em 2015, na Universíade, maior competição poliesportiva do mundo depois das Olímpiadas, na Coreia do Sul.

Quando perguntada sobre momentos marcantes da carreira, ela é categórica: "Cada competição nos traz uma experiência e uma emoção nova. Para conseguir chegar até um campeonato, passamos por um processo, tem as questões técnicas, o emocional das meninas, os recursos financeiros. Só de estar no evento já é uma conquista muito grande".

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