Ação tem técnicas adequadas de plantio e armazenamento - Foto: Plantas Medicinais e Fitoterapia
Um grupo de 25 agricultoras de Cunha Porã, no Oeste do Estado, está sendo capacitada desde abril deste ano para o uso correto de plantas medicinais, em parceria com a prefeitura e cooperativas.
A ação, que terminará em 2015, integra o programa de extensão sobre promoção da saúde por meio de plantas medicinais em comunidades rurais do
Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
Até agora, já foram realizadas três oficinas com duração de um dia cada. As mulheres recebem informações sobre técnicas adequadas quanto ao plantio, armazenamento, preparação e uso de chás medicinais, com coordenação do projeto a cargo da professora Kiciosan Galli.
Atualmente, o programa está concentrado apenas em Cunha Porã e vem sendo desenvolvido com recursos da universidade.
As atividades previstas para os municípios de Saudades e Palmitos não iniciaram ainda porque o Ministério da Educação (MEC) não liberou os R$ 149 mil aprovados em julho de 2013.
Em Palmitos, as ações envolverão serviços de enfermagem em doentes com limitações de mobilidade, curativos e trocas de sondas, orientações a famílias sobre noções de higiene e de doenças como diabetes, pulmonar obstrutiva crônica e insuficiência renal crônica.
Já em Palmitos, a exemplo de Cunha Porã, os recursos serão utilizados para capacitar agricultoras sobre uso de plantas medicinais. O programa de extensão é coordenado pela professora Bernadette Kreutz Erdtmann.
Horto
Segundo a professora Kiciosan, o projeto de extensão da Udesc Oeste em Cunha Porã vai ajudar a prefeitura a construir um horto medicinal em terreno já doado e incentivou a utilização de plantas medicinais nas unidades básicas de saúde por meio do programa
Farmácia Viva, do Ministério da Saúde (MS).
O programa reúne um conjunto de plantas que são indicadas para tratamento das doenças e dos sintomas mais comuns e de menor gravidade, como gripes, resfriados, problemas estomacais e dor de cabeça. Essas plantas podem ser cultivadas em casa, nas escolas e empresas.
A professora informou que as agricultoras treinadas pela Udesc Oeste e representantes da Secretaria de Saúde e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) do município conheceram outros hortos medicinais em SC para obter dados como plantio, colheita e armazenamento, que auxiliarão na implantação da unidade em Cunha Porã.
Em Florianópolis, visitaram o horto situado no Bairro Córrego Grande, o da Pastoral da Saúde e o da Associação dos Funcionários Fiscais de Santa Catarina (Affesc). Em Itajaí, conheceram o horto mantido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
De acordom com Kiciosan, antes da construção do horto em Cunha Porã, uma pesquisa será desenvolvida para saber quais as plantas medicinais mais utilizadas no município.
Ela disse que, durante visita ao horto da Affesc, em Florianópolis, descobriu a existência do hipérico, que tem o mesmo principio ativo da planta importada da Ásia, utilizada para curar depressões leves, e que poderá cultivada em Cunha Porã.
Leia mais:
9/5/2014 - Programa da Udesc Oeste sobre saúde em comunidades rurais começará em junho
29/7/2013 - MEC aprova programa de extensão da Udesc Oeste sobre promoção da saúde em comunidades rurais
Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
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