Encontro reuniu especialistas da Udesc, da Petrobras e
da Universidade Federal do Espírito Santo.
Foto: Udesc/Divulgação
Uma equipe de professores e pesquisadores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) participou, nos dias 3 e 4 de junho, do Workshop Tecnologias de Emergência, realizado no Centro de Pesquisas da Petrobras (
Cenpes), no Rio de Janeiro. O encontro reuniu especialistas da Udesc, da Petrobras e da Universidade Federal do Espírito Santo (
UFES) para apresentar os avanços do projeto de pesquisa
Subjet, desenvolvido no Centro de Educação Superior da Foz do Itajaí (
Cesfi), em Balneário Camboriú.
Coordenado pelo professor Luiz Adolfo Hegele Jr., o projeto investiga estratégias para a contenção de vazamentos de petróleo por meio de modelagens computacionais avançadas, experimentos subaquáticos e simulações em águas profundas. O objetivo é prever o comportamento do óleo, avaliar seu impacto ambiental e indicar as melhores soluções de dispersão para minimizar danos em casos de emergência.
Segundo os participantes, a troca de experiências com equipes da Petrobras e da UFES reforçou a integração entre universidade e indústria, promovendo avanços significativos no desenvolvimento de soluções tecnológicas para desafios energéticos.
A visita técnica ao Cenpes reuniu o coordenador do projeto, professor Luiz Adolfo Hegele Jr., o professor Damiani Sebrão e os pesquisadores Sakthivel Munikrishnan, Nathan Duggins, Gustavo Trindade Choaire, Leonardo Demmer Knippenberg, Vinicius Czarnobay, Ana Júlia da Silva, Juan Felipe Aristizabal Aldana, Pedro Manuel Granados Bonilla, Bruno Yan dos Anjos, Endriw Rafael Mateus Silva, Francisco Araújo da Silva, José Kabesa Kalala e Breno Vargas Gemelgo.
Investimento e colaboração internacional
Com recursos de R$ 13 milhões, financiados pela Petrobras através da Fundação Instituto Tecnológico de Joinville (
Fitej), o Subjet tem ainda a colaboração do instituto norueguês
Sintef Ocean, responsável por experimentos essenciais realizados na Europa. O projeto teve início em 2023 e segue até maio de 2026, com uma equipe que combina os saberes de diferentes áreas, incluindo Engenharia de Petróleo, Engenharia Ambiental, Engenharia Química e Engenharia de Controle e Automação.
A fase atual do projeto se concentra na execução dos testes experimentais na Noruega, que deverão viabilizar, no futuro, a construção de um protótipo similar no Brasil, promovendo a transferência de tecnologia e fortalecendo a infraestrutura de pesquisa da Udesc (
entenda todo o processo abaixo).
O Subjet é desenvolvido no âmbito do
Geoenergia Lab e conta com a dedicação direta de mais de 30 pessoas, entre professores, pesquisadores, estudantes bolsistas e estagiários da Udesc Balneário Camboriú, além de dois pós-doutorandos estrangeiros que colaboram com as investigações.
Como o projeto funciona
O Subjet combina modelagens teórica, numérica e experimental. As pesquisas são feitas considerando as características do petróleo brasileiro e as condições meteoceanográficas do país, incluindo corrente, temperatura da água, entre outros aspectos que podem influenciar nos efeitos do vazamento de óleo. Todas as simulações são desenvolvidas visando derramamentos subaquáticos em águas profundas.
Conforme Hegele, o petróleo é um produto natural e, por isso, é comum ocorrer derramamentos espontâneos na natureza. No entanto, esses vazamentos não possuem a mesma proporção que os acidentes comerciais. “Um dos nossos objetivos é ver também como o vazamento desse óleo possa ser mais facilmente biodegradável”, pontua.
As modelagens computacionais e numéricas realizadas pelos pesquisadores em Santa Catarina envolvem três escalas diferentes: a modelagem do jato, a modelagem da dispersão do fenômeno conhecido como “pluma” - considerada a mais desafiadora -, e a modelagem do espalhamento do petróleo no mar.
Para fazer as modelagens, a equipe utiliza softwares específicos, nos quais insere os dados gerados pelos experimentos desenvolvidos na Noruega. A etapa experimental ocorre na Europa em função de os equipamentos necessários para o estudo não estarem disponíveis no Brasil. No entanto, segundo o coordenador da investigação, a expectativa é que ocorra uma transferência de tecnologia entre os países, com construção de um protótipo para as análises na Udesc Balneário Camboriú.
Os relatórios de desenvolvimento do projeto serão enviados periodicamente à Petrobras, divulgados em congressos acadêmicos e publicados em periódicos científicos, possibilitando o acesso da comunidade aos processos e resultados da investigação.
Para saber mais sobre o projeto, acesse a página do
Geoenergia Lab ou envie um e-mail para luiz.hegele@udesc.br.
Assessoria de Comunicação da Udesc
E-mail: comunicacao@udesc.br
Telefone: (48) 3664-7934