Priscila Keller Pires, autora do artigo premiado, e sua orientadora,
professora Graziela Dias Alperstedt, da Udesc Esag - Arquivo Pessoal
A pesquisadora Priscila Keller Pires, doutora em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e sua orientadora no doutorado, professora Graziela Dias Alperstedt, conquistaram o primeiro lugar no Prêmio Academia ICE, promovido pelo Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), na categoria para artigos científicos sobre tese de doutorado. A lista de vencedores do prêmio foi divulgada nesta segunda-feira, 20.
O prêmio foi conquistado com o artigo “A Gramática do Impacto: a figura complexa dos negócios de impacto no Brasil”. O trabalho é baseado na tese de doutorado defendida em dezembro de 2021 por Priscila Keller, com orientação de Graziela Alperstedt, no Programa de Pós-graduação Acadêmico em Administração (PPGAA) do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc.
Prêmio
O Prêmio Academia ICE incentiva e reconhece a produção acadêmica no ensino superior sobre investimento e negócios de impacto em todo o Brasil. São premiados os dois melhores artigos em cada categoria, sempre baseados nos trabalhos de conclusão de curso de graduação (ou projetos de iniciação científica), em dissertações de mestrado ou teses de doutorado.
No caso da categoria para artigos sobre teses de doutorado, a premiação é de duas bolsas para formação acadêmica, no valor de R$ 8 mil cada, uma delas para a pesquisadora autora do artigo e outra para a professora orientadora.
Tese
A pesquisa buscou compreender melhor as tensões que se manifestam nos negócios de impacto (que têm como atividade principal solucionar um problema social ou ambiental) no Brasil. O estudo concluiu que esse tipo de negócio se sustenta em compromissos entre mais de dois mundos, para além da divisão entre o social e o econômico.
De acordo com o trabalho, os negócios de impacto precisariam superar as tensões presentes em cinco compromissos principais: socioambiental (conciliação entre as lógicas civil e verde), dos mecanismos de mercado (lógicas mercantil e industrial), impacto (tentando conciliar os anteriores), da rede inspirada (mundo mercantil, de projetos, civil e inspirado) e do impacto na mídia (lógica da opinião em composição com os mundos civil, inspirado e de projetos).
A autora também identificou sete desafios para os negócios de impacto no Brasil: reconhecimento, modelo de negócio, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, reconhecimento legal, articulação, mecanismos financeiros de fomento e equidade.
Mais informações
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Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
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