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Notícia

10/12/2019-20h58

Udesc começa ação para zerar lixo orgânico na Assembleia Legislativa de Santa Catarina

Criador do projeto, docente Germano Güttler instalou jardineira - Foto: Eduardo G. de Oliveira/Agência AL
Nesta terça-feira, 10, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), iniciou a aplicação do projeto Lixo Orgânico Zero na Assembleia Legislativa (Alesc), tendo o gabinete do vice-presidente da instituição, deputado estadual Mauro de Nadal, como ponto de partida.

A equipe do projeto e seu idealizador, professor Germano Güttler, do Departamento de Agronomia da Udesc Lages, instalaram uma jardineira na laje do Palácio Barriga Verde, em Florianópolis, que receberá os resíduos orgânicos do gabinete do parlamentar.

A visita à Alesc também contou com a presença do professor Dilmar Baretta, que assumirá o cargo de reitor da universidade em abril de 2020. Segundo ele, a iniciativa do deputado pode servir de exemplo não apenas aos outros setores da Alesc, mas também para instituições de ensino superior e, em especial, escolas dos municípios.

"Tenho certeza de que esse projeto vai continuar em outras regiões e se expandir por todo o Estado. Essa é a perspectiva da universidade, por meio do trabalho do professor Germano, levando este método para todas as escolas", destacou Baretta.

Tecnologia social

O chamado "Método Lages de Compostagem" foi desenvolvido pelo professor Germano Güttler em 2013, por meio de um projeto de extensão, com vantagens como custo baixo e simplicidade.

Atualmente, o método é usado sobretudo em escolas da rede pública, residências e instituições de Lages. Algumas escolas chegam a realizar a compostagem de 10 mil quilos de resíduos por ano.

"É um sistema extremamente barato, muito simples e que a gente chama de tecnologia social, ou seja, qualquer pessoa – não precisa ser agrônomo ou biólogo – aprende muito rapidamente e imediatamente vai dar destino correto aos resíduos orgânicos de casa e do local de trabalho, sem nenhuma preparação mais complexa", disse Güttler, que classifica o projeto como "a solução definitiva para os resíduos orgânicos das cidades do Brasil".

O docente explicou que uma das diferenças para as composteiras tradicionais é que seu método não serve somente de adubo para o plantio de alimentos. "A horta é a própria compostagem, o canteiro é a compostagem. E é por isso que ele é muito fácil de ser feito. Hoje fizemos numa jardineira, mas ele pode ser feito no chão. Ninguém precisa usar pá ou enxada, ninguém vira terra."

Ele também apontou a economia de água como uma vantagem. "À medida que ele vai compostando, com 20 a 30 dias, ele forma uma capa de húmus muito grossa, e isso tem uma retenção de água muito grande – então não precisa molhar", afirmou.

Possibilidade de ampliação

Conforme o deputado Nadal, a ideia é demonstrar na prática o funcionamento do projeto Lixo Orgânico Zero e aproveitar tudo que é orgânico. "Este trabalho experimental na Assembleia vai servir como base para a gente divulgar em todos os gabinetes e buscar a adesão dos nossos colegas deputados com suas equipes de trabalho."

O passo seguinte é promover uma série de reuniões, começando por três municípios do Extremo-Oeste – Dionísio Cerqueira, Cunha Porã e Cordilheira Alta – para um trabalho de conscientização que levará a ideia a escolas municipais e estaduais da região.

Mais informações

Mais informações podem ser obtidas com o projeto Lixo Orgânico Zero, pelo Facebook e pelo Instagram.

Assessoria de Comunicação da Udesc*
E-mail: comunicacao@udesc.br
Telefones: (48) 3664-7935/8010

* Com informações da Agência AL
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