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Notícia

26/06/2015-12h13

Udesc Oeste auxilia pesquisa sobre tuberculose em profissionais de saúde que atuam com indígenas

Oito estudantes do curso de Enfermagem foram treinados para participar da pesquisa - Foto: Div.

A professora de Enfermagem Kiciosan Galli, do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e a ex-docente da unidade Rita Maria Rebonatto atuam como pesquisadoras colaboradoras no estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, que busca identificar se cerca de 90 profissionais de saúde que trabalham com indígenas Guarani e Kaingang em Chapecó estariam contaminados com tuberculose. 

A pesquisa conta também com a ajuda de oito estudantes do curso de Enfermagem da Udesc Oeste, que foram capacitados sobre tuberculose para atuar nas duas aldeias do Toldo Chimbangue. O trabalho é coordenado pelos pesquisadores Lidismar Pereira da Silva e Genésio Vicentin, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fiocruz.

O estudo, que começou na semana passada, envolveu professores, administradores, médicos, dentistas, técnicos de enfermagem, enfermeiros, agentes de saúde, auxiliares de dentistas e agentes de saneamento.

Houve a distribuição de formulários com 16 questões cada sobre sintomas da doença entre os profissionais de saúde e a realização de um teste de PPD, que consiste na aplicação intradérmica de uma pequena quantidade de líquido (0,1 ml) na pele do antebraço esquerdo.

O resultado é verificado após três dias com medição da reação no local injetado. O teor medido indicará a possibilidade de o profissional ter entrado em contato com o bacilo da tuberculose.

Segundo a professora Kiciosan, os profissionais que têm a infecção latente serão orientados sobre como agir para impedir o alastramento da doença.

"Mas, caso a pesquisa constatar alguém com suspeita de contaminação, ele será encaminhado a uma instituição de saúde para confirmar o diagnóstico e fazer o tratamento", disse, lembrando que a tuberculose é uma doença que tem cura completa quando tratada corretamente.

Análise e ampliação do estudo

Os formulários e os testes PPD realizados já foram encaminhados à Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para análise, e o resultado deverá ser divulgado até o fim de julho.

A ex-professora da Udesc Oeste Rita Maria acredita que, dependendo do resultado, a pesquisa poderá ser estendida para os cerca de mil indígenas adultos das duas aldeias do Toldo Chimbangue. "Precisamos saber se os índios têm algum indício de contaminação da tuberculose", ressaltou.

De acordo com Kiciosan, a tuberculose é uma doença que afeta os pulmões. "A pessoa doente passa o bacilo para outros quando sua tosse espalha pequenas gotas de catarro no ar. Ao inspirá-lo com os bacilos, as pessoas se contaminam, embora nem todos adoeçam." 

"As que ficam doentes começam a tossir, ter febre, suar durante a noite e expelir catarro, mas a maior parte delas se insere num quadro que é chamado de infecção latente. Como tem o bacilo, podem ficar bem doentes anos depois", acrescentou.

Possível convênio

As pesquisadoras acreditam que o estudo da Fiocruz e a colaboração do curso de Enfermagem ampliarão a relação entre o órgão do Ministério da Saúde e a Udesc Oeste.

"Esse trabalho conjunto poderá resultar na assinatura de um convênio de cooperação técnica entre a universidade e a fundação, que implicará na criação de cursos, intercâmbio e estágios na área da saúde”, afirmou Rita Maria. Segundo ela, os estudos para essa parceria estão bem adiantados.

Leia mais:

17/04/2013 - Udesc Oeste desenvolve atividades de saúde em aldeias Kaingang e Guarani de Chapecó

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
E-mail: valmor.pizzetti@udesc.br
Telefones: (48) 3321-8142/8143
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