Membros do grupo de gestão de riscos fizeram apresentação no auditório do Ceart.
A 1ª Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho (Sipat) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) terminou nesta sexta-feira, 26, com
palestras nas unidades de Chapecó, Florianópolis, Joinville e Lages. O evento foi promovido pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e pela Equipe Multiprofissional de Saúde Ocupacional (EMSO) da instituição como parte das comemorações da Semana do Servidor.
Na Capital, a última apresentação foi sobre o papel da Udesc na gestão de riscos, explicado pelos técnicos-administrativos Aderbal Vicente Lapolli e Mabel Simm Milan Bueno, que atuam na Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Comunidade (Proex) e integram o
Grupo Coordenado de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento em Gestão de Riscos para Emergências e Desastres (Gceped).
Gestão de riscos
Os servidores falaram inicialmente sobre os conceitos básicos de gestão de riscos, que adquiriram um papel de destaque na atualidade e têm duas variáveis, a ameaça (fator externo) e a vulnerabilidade (fator interno). “Para estudar desastres, é preciso estudar as relações entre elas”, salientou Lapolli.
De acordo com Mabel, as políticas de gestão de riscos devem ter um foco maior na vulnerabilidade, agindo na prevenção e na mitigação. “Quanto mais resiliente for a comunidade, quanto maior for a capacidade de ela resistir a desastres, mais efetiva será a gestão de riscos”, apontou.
Os membros do Gceped afirmaram que o Brasil passa por uma fase de transição, deixando de priorizar a gestão de crise, na qual só há resposta aos desastres. A adoção da
ISO 3100:2009, que trata de prevenção de riscos e está sendo traduzida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), modificará ainda mais esse cenário. Outro fator favorável é a
Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, sancionada neste ano.
Papel da Udesc
Criado em 2009, o Gceped busca integrar as áreas de ensino, pesquisa, extensão e segurança interna da Udesc para desenvolver ações de gestão de riscos, tendo já realizado uma série de oficinas. O grupo também ajudou a criar um
curso de especialização, promovido pelo departamento de Geografia do Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed), e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
No entanto, Lapolli e Mabel citaram algumas ressalvas sobre a situação dos diferentes campos da gestão de riscos na universidade, levantadas em pesquisa feita com servidores e acadêmicos.
O ponto mais fundamental é a falta de integração, com muitas ações dos centros isoladas, e de compartilhamento dos estudos desenvolvidos. Uma divulgação maior das atividades também é necessária, pois o desconhecimento geral da importância do assunto ainda predomina.
Os integrantes também defenderam a criação de uma política da Udesc para gestão de riscos, tendo o Gceped como articulador, e de uma linha específica de pesquisa.
No fim da palestra, Lapolli enfatizou que a prevenção vale para todos os centros da universidade, mesmos aqueles que não estão diretamente envolvidos com questões ambientais. “Nenhum centro está isento de desastres e cada um deles deve encontrar seu nicho de ideias”, declarou.
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