Santa Catarina conta com mais uma ferramenta para subsidiar o manejo da cigarrinha-do-milho. Trata-se do monitoramento do inseto-praga e seus patógenos associados. A cigarrinha-do-milho é o inseto-vetor dos microrganismos causadores das doenças do complexo de enfezamentos, capazes de comprometer substancialmente as safras do grão.
O programa Monitora Milho SC é uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, que é composto por membros da Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural.
Informações sobre o monitoramento:
Os informes também ficam disponíveis em:
https://www.epagri.sc.gov.br/index.php/monitoramento-da-cigarrinha-do-milho/
No dia 24 de novembro foi divulgado o 15° informe do monitoramento da cigarrinha-do-milho e de sua infecção pelos patógenos causadores dos enfezamentos, referente à safra 2025/26. O Programa Monitora Milho SC acompanha 55 lavouras distribuídas em todas as regiões de Santa Catarina. As lavouras estão em diversos estádios vegetativos e reprodutivos, com algumas lavouras chegando ao final do ciclo (predominantemente entre V8 e R5). A maioria das lavouras monitoradas pelo Programa já ultrapassou o período crítico para a infecção pelos patógenos (molicutes e vírus) causadores dos enfezamentos e viroses, transmitidos pela cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) durante sua alimentação. Isso ocorre porque, em fases de desenvolvimento mais avançadas (reprodutiva), o impacto na produtividade de plantas infectadas é significativamente menor. O período de tempo para que os patógenos circulem e causem danos expressivos é curto em plantas maduras. Ou seja, a infecção tardia em plantas adultas, após a fase vegetativa inicial crítica (geralmente até V4-V8), resulta em perdas mínimas de produção. O período mais crítico para a infecção e para as maiores perdas de produtividade é geralmente da emergência da planta (VE) até as fases iniciais de desenvolvimento vegetativo (como V3-V4 ou V8, dependendo da fonte), pois a doença é sistêmica e precisa de tempo para se estabelecer e causar o nanismo característico (enfezamento) antes do desenvolvimento da espiga.
A média estadual atual é baixa, com aproximadamente 12 cigarrinhas por armadilha, que pode ser resultante do bom manejo químico e/ou biológico adotado pelo produtor na fase vegetativa da cultura. Entretanto, chamamos a atenção para os municípios que estejam marcados de outras cores que não o verde no nosso mapa de populações de cigarrinha-do-milho divulgado essa semana, que apresentaram maior quantidade de cigarrinhas capturadas. Alerta de aumento da abundância da cigarrinha-do-milho capturadas em diversos municípios do extremo-oeste do Estado, provavelmente devido ao estágio avançado das lavouras naquela região. As lavouras que monitoramos na região do Oeste, como Campos Novos, municípios do Planalto Norte e Planalto Sul, apresentam quantidades baixas do inseto vetor. Quanto menor a quantidade de cigarrinhas, há menor risco de transmissão das bactérias dos enfezamentos e vírus para as plantas de milho pela cigarrinha-do-milho.
Em nossas análises de laboratório, temos detectado o fitoplasma do enfezamento vermelho e o espiroplasma do enfezamento-pálido, e vírus em semanas consecutivas nas lavouras do extremo-oeste Catarinense, e em Mafra, no Planalto Norte. Portanto, essa região tem se mostrado crítica para a presença dos fitopatógenos do milho no inseto vetor devido a frequência de detecção de infecção das cigarrinhas. Reforçamos a necessidade do manejo de lavouras em fase vegetativa, com inseticidas de contato e sistêmicos, aliando-se com biológicos sempre que possível, visando controlar insetos que estão migrando para as lavouras e que podem estar infectados, trazendo assim os patógenos para as novas plantações, e também visando o controle de gerações de insetos que são produzidos dentro do ciclo da cultura, evitando a disseminação da doença na lavoura.
O monitoramento da cigarrinha-do-milho e sua infectividade com os patógenos dos enfezamentos e viroses estão disponíveis no app Epagri MOB - https://www.epagri.sc.gov.br/solucoes/epagri-mob/
Baixe o aplicativo e encontre as informações sobre o Monitora Milho SC em "Informações Ambientais", e aproveite os diversos benefícios do aplicativo. Disponível para Android e iOS.
ENDEREÇO
Av. Luiz de Camões, 2090 Conta Dinheiro, Lages / SC CEP: 88.520-000
CONTATO
Telefone: (49) 3289-9100
E-mail: comunicacao.cav@udesc.br
Horário de atendimento: 07h às 19h
Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no Portal da Universidade do Estado de Santa Catarina. Ao continuar navegando no Portal, você concorda com o uso de cookies.