Santa Catarina conta com mais uma ferramenta para subsidiar o manejo da cigarrinha-do-milho. Trata-se do monitoramento do inseto-praga e seus patógenos associados. A cigarrinha-do-milho é o inseto-vetor dos microrganismos causadores das doenças do complexo de enfezamentos, capazes de comprometer substancialmente as safras do grão.
O programa Monitora Milho SC é uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, que é composto por membros da Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural.
Informações sobre o monitoramento:
Os informes também ficam disponíveis em:
https://www.epagri.sc.gov.br/index.php/monitoramento-da-cigarrinha-do-milho/
No dia 5 de dezembro divulgou-se o 17° informe do monitoramento da cigarrinha-do-milho e de sua infecção pelos patógenos causadores dos enfezamentos, referente à safra 2025/26. O Programa Monitora Milho SC acompanha 55 lavouras distribuídas em todas as regiões de Santa Catarina. As lavouras estão chegando ao final do ciclo (predominantemente entre V10 a R4). Sendo assim, a maioria das lavouras monitoradas pelo Programa já ultrapassou o período crítico para a infecção pelos patógenos (molicutes e vírus) causadores dos enfezamentos e viroses, transmitidos pela cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) durante sua alimentação. Isso ocorre porque, em fases de desenvolvimento mais avançadas (reprodutivas), o impacto na produtividade de plantas infectadas é significativamente menor. O período de tempo para que os patógenos circulem e causem danos expressivos é curto em plantas em fases avançadas, resultando em perdas mínimas de produção. O período mais crítico para a infecção e para as maiores perdas de produtividade é geralmente da emergência da planta (VE) até as fases iniciais de desenvolvimento vegetativo (como V3-V4), pois a doença é sistêmica e precisa de tempo para se estabelecer e causar o nanismo característico (enfezamento) antes do desenvolvimento da espiga.
A média estadual está em elevação, com aproximadamente 16 cigarrinhas por armadilha. A elevação pode ser explicada pela dificuldade no manejo da cigarrinha em fases avançadas de desenvolvimento da lavoura, quando se dificulta a entrada com maquinário. Chamamos a atenção para os municípios que estejam marcados de outras cores que não o verde no nosso mapa de populações de cigarrinha-do-milho divulgado essa semana, que apresentaram maior quantidade de cigarrinhas capturadas. Alerta de aumento da abundância da cigarrinha-do-milho capturadas em diversos municípios do extremo-oeste do Estado, provavelmente devido ao estágio avançado das lavouras naquela região, mas há iminência de maiores quantidades de insetos sendo capturados em todas as lavouras neste final de ano.
Em nossas análises de laboratório, temos detectado o fitoplasma do enfezamento vermelho e o espiroplasma do enfezamento-pálido, e vírus em semanas consecutivas nas lavouras do extremo-oeste e oeste Catarinense e no Planalto Norte. Portanto, essas regiões têm se mostrado críticas para a presença dos fitopatógenos do milho no inseto vetor devido a frequência de detecção de infecção das cigarrinhas. Reforçamos a necessidade do manejo de lavouras em fase vegetativa, com inseticidas de contato e sistêmicos, aliando-se com biológicos sempre que possível, visando controlar insetos que estão migrando para as lavouras e que podem estar infectados, trazendo assim os patógenos para as novas plantações, e também visando o controle de gerações de insetos que são produzidos dentro do ciclo da cultura, evitando a disseminação da doença na lavoura.
O monitoramento da cigarrinha-do-milho e sua infectividade com os patógenos dos enfezamentos e viroses estão disponíveis no app Epagri MOB - https://www.epagri.sc.gov.br/solucoes/epagri-mob/
Baixe o aplicativo e encontre as informações sobre o Monitora Milho SC em "Informações Ambientais", e aproveite os diversos benefícios do aplicativo. Disponível para Android e iOS.
ENDEREÇO
Av. Luiz de Camões, 2090 Conta Dinheiro, Lages / SC CEP: 88.520-000
CONTATO
Telefone: (49) 3289-9100
E-mail: comunicacao.cav@udesc.br
Horário de atendimento: 07h às 19h
Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no Portal da Universidade do Estado de Santa Catarina. Ao continuar navegando no Portal, você concorda com o uso de cookies.